EUA pedem que norte-americanos abandonem a Síria
O Departamento de Estado norte-americano diz que as restrições impostas pelo governo sírio dificultam a avaliação sobre a real situação da segurança no país. Ainda assim, a chancelaria adverte contra a ida de cidadãos americanos à Síria alegando que eles podem estar em perigo, diante da tentativa de Damasco de atribuir a culpa da violência aos estrangeiros.
Ontem (25), Washington já havia levantado a possibilidade de aplicar novas sanções contra a Síria, em resposta à “violência brutal” empregada contra manifestantes. As possíveis novas sanções poderiam incluir o congelamento de ativos e a proibição de negócios com os Estados Unidos.
Os EUA já adotam uma série de sanções contra a Síria. Desde 2004, está proibida a exportação ao país de produtos que contenham mais de 10% de componentes manufaturados americanos. Em 2006, foram aplicadas sanções específicas contra o Banco Comercial da Síria. Há ainda sanções específicas impedindo que determinados cidadãos e entidades da Síria tenham acesso ao sistema financeiro americano.
Os Estados Unidos suspeitam que pessoas e entidades incluídas nessas sanções tenham participação em atividades de proliferação de armas de destruição em massa, sejam associadas à rede Al-Qaeda e ao grupo talebã ou participem de atividades com o objetivo de desestabilizar o Iraque e o Líbano.
Considerado um dos países mais estáveis do Oriente Médio nas últimas décadas, a situação síria é de grande importância para toda a região. Hoje (26), o Conselho de Segurança da ONU deve discutir, em Nova York, um esboço de documento feito por países europeus para condenar a violência na Síria. Segundo a BBC Brasil, diplomatas já anteciparam que o texto pede moderação do governo sírio e apoia o chamado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por uma investigação sobre a morte de manifestantes.
Também nesta terça, o chanceler britânico, William Hague, pediu pelo fim da “repressão violenta” na Síria e disse que Londres vai enviar um “forte sinal” de repúdio a Damasco, por meio do Conselho de Segurança e da União Europeia.