Evolução, fatalidade da Criação
O ser humano pergunta-se, de muito:
– De onde viemos? Para onde vamos?
A estreiteza de visão da humanidade tinha a seu dispor duas correntes de interpretações: a de um mundo criado pronto, por obra e capricho personalizado, ou de uma lenta e inacessível senda de evoluções.
Nesta última ainda um enfoque holístico (religiões ou doutrinas) e outro puramente material (ciência).
Todos esses esforços, de uma maneira ou outra, propiciam o gradativo entendimento das coisas, fazendo parte do escopo evolutivo do ser.
A formação da vida, o surgimento do seres, é obra do Divino, implementada pela Esfera Espiritual, que imprimiu na Terra o toque da Criação.
Na obra A Gênese, de Kardec, pode-se ter a idéia do caminho pelo qual nosso planeta formou-se. São obras titânicas a que o plano espiritual dedicou-se em período que não podemos aquilatar.
Na formação dos corpos espirituais rudimentares, matrizes do que seriam na terra, milênios transcorreram em que Equipes Construtoras, sob o comando do Cristo, lançavam sementes sobre o planeta ainda em ebulição.
Na história da vida passam os vírus, bactérias, algas, artrópodos, dromatérios, anfitérios, espongiários, equinodermos, crustáceos, marsupiais, mamíferos, enfim, toda uma cadeia evolutiva que a ciência terrena já mapeou.
A vida na Terra é a expressão do plano espiritual (ou extrafísico). Tudo que nela existe provém da matriz extrafísica e a ela realimenta as injunções que transfere do material.
Do que a ciência já nos prova, ainda existem lacunas: “Elos perdidos da Evolução”.
“(…) Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, qual a bolota do carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos de evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma consciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.” (Evolução em Dois Mundos, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira)
“Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis Eternas.” (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, León Denis)
Se pudermos ter uma idéia de onde viemos, fica um pouco mais fácil vislumbrar para onde vamos.
Nosso futuro é promissor, porém, o caminho é longo, se pensarmos somente sob contexto do tempo terrestre.
Aproximando-nos do entendimento da nossa essência, da vida eterna, da pluralidade dos mundos, da existência de Deus e de Sua perfeição, bondade e justiça, nossa vista alargar-se-á.
Com essa rica bagagem nossos anseios se aplacarão, convertendo-se em energia, otimismo e fé em seguir um caminho que sabemos seguro quando esteirados na Lei Divina.