Ex-diretor de presídio no Litoral e apenados respondem por corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) apresentou novas denúncias contra um ex-diretor da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg) e quatro apenados, no Litoral Sul.
As acusações incluem corrupção ativa e passiva, ingresso de celulares e drogas na prisão, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Esquema milionário
Segundo a investigação, os crimes ocorreram entre maio de 2021 e fevereiro de 2023.
O ex-diretor teria recebido mais de R$ 458 mil para permitir a entrada de materiais ilícitos na penitenciária.
Já os apenados investigados lucraram quase R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro do presídio.
Movimentação financeira e comunicação constante
A análise dos materiais apreendidos revelou que o ex-diretor utilizou os recursos para financiar a organização criminosa à qual pertencia.
Ele teria introduzido na prisão quantidades significativas de maconha, cocaína e 48 telefones.
As transações financeiras foram comprovadas por meio de extratos bancários e comprovantes de PIX.
A investigação também constatou que o ex-diretor mantinha estreito contato com o líder da organização criminosa, com quem se comunicava por chamadas de vídeo feitas de dentro da penitenciária.
Operação Perg 2
As novas denúncias são resultado da Operação Perg 2, desencadeada pelo GAECO/MPRS em 5 de julho de 2023.
A ação deu continuidade à Operação Perg, realizada em dezembro de 2022, e visava desarticular uma organização criminosa sediada em Rio Grande que atuava nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Na Operação Perg 2, o ex-diretor da Perg, um dos investigados, foi preso preventivamente junto com outro servidor público. O grupo é considerado um braço da facção que dominava o comércio ilegal de gás em Rio Grande.
Combate à criminalidade organizada
As novas denúncias do GAECO/MPRS demonstram o compromisso do Ministério Público do Rio Grande do Sul no combate à criminalidade organizada e na defesa da sociedade.
A investigação minuciosa e a coleta de provas robustas contribuem para a responsabilização dos envolvidos e para a desarticulação de grupos criminosos que atuam dentro e fora do sistema prisional.
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