Feira expõe artesanato produzido por apenados da Penitenciária de Osório
“Não imaginei que na cadeia fizessem estas coisas lindas”, disse Sandra Winter, que parou para comprar uma cortina em pacthwork. Já as expositoras vizinhas ao estande da Susepe destacaram a criatividade e o capricho no acabamento das peças deles.”Já comprei artesanato aqui”, informou Maria Ribeiro Paz. “Não tenho nenhum preconceito com presos, inclusive, quero ter uma oportunidade de ensiná-los a fazer outros trabalhos”, disse Elisabethe Ferreira.
Conforme a responsável pelo trabalho prisional, a assistente social Kadija Taha, participar da feira, mostrando o trabalho deles, é uma oportunidade de promover interação com a sociedade. “É um meio de mostrar que a inclusão social viabilizada dentro dos presídios dá resultados efetivos para a dignidade deles”, explicou.
Movimento
Em dias de grandes movimentos de visitantes, é possível vender cerca de R$ 500. “Esperamos comercializar mais”, disse a agente penitenciária administrativa e coordenadora do estande, Mara Cecília Adriz.
Mara destacou o apoio da prefeitura de Tramandaí e das empresas Base Fábrica de Tecido e Banco do Vestuário, para a continuidade dos trabalhos prisionais. A prefeitura não cobra taxas da Susepe para participação nas feiras. E o Banco do Vestuário vai doar uma máquina overloque. “Isso demonstra que as parcerias são também responsáveis pela inclusão social”, finalizou Maria Cecília.