FEPAM, você sabe o que é?

Esta sigla trocada em miúdos deve ser “Fundação Estadual de Proteção Ambiental”. Nome muito bonito. Será que funciona mesmo? Para que você tire suas conclusões vamos a alguns fatos. A…

Esta sigla trocada em miúdos deve ser “Fundação Estadual de Proteção Ambiental”. Nome muito bonito. Será que funciona mesmo?
Para que você tire suas conclusões vamos a alguns fatos.

A NUTRILAT, empresa processadora de leite instalada em Fazenda Vila Nova, bem ao lado de Estrela, onde reside meu neto e na frente da qual passo com freqüência quando vou visitá-lo.

Por denúncia a Polícia Ambiental que parece que o atual Comandante da Brigada Militar quer extinguir, localizou em propriedades privadas a bagatela de 745.000 litros de leite enterrados.

A Nutrilat foi vendida e os atuais controladores assumiram a mesma conforme amplamente divulgado pelos meios de comunicação, em 10/10. O leite enterrado teria sido envasado em 13/10 e no dia 24/10 enterrado.

Que situação enrolada esta, não?

Essa quantidade de leite enterrado, ao preço de mercado deveria valer R$ 968.500,00, arredondando, 1,0 milhões de reais.

A desculpa mais esfarrapada possível foi divulgada.

As 745.000 caixas contendo 1 litro cada uma teriam caído, todas elas, resultando amassadas.

Até parece aquela brincadeira que fazem com dominó, não é mesmo?

E a FEPAM inocentemente engole tal estória e aplicada uma “pesada” multa de R$ 20.000,00.

Até não faz diferença, pois segundo foi divulgado essa empresa está acostumada a ser multada e não pagar.

A você consumidor, assim como eu e o meu neto que estávamos acostumados a consumir o leite desta empresa, devemos acreditar na FEPAM e na NUTRILAT?

Eu não, pois meu neto faz mais de quatro meses que vem enfrentando problemas de erupções na pele.

Já foi submetido a tratamento com pediatra e dermatologista em Estrela.

Duas vezes foi levado a Porto Alegre para consulta com uma Imunologista.

E até agora não temos um diagnóstico conclusivo.

Desnecessário dizer que estamos em nossa família todos apreensivos com esta situação.

 E tudo isto tem como fundamento o lucro, apenas o lucro.

Pergunto-me, tem essas pessoas consciência de suas atitudes?

Levarão alguma parte deste dinheiro quando partirem ao oriente terno?

Dormem um sono tranqüilo?

Como se sentem ao olhar seus filhos ou netos?

Não sei se os problemas que enfrentamos têm origem no produto que eles envasam e que nós consumíamos.

Até pode não haver relação.

Mas a FEPAM continua me preocupando.

A ela cabe o licenciamento ambiental dos chamados loteamentos fechados que proliferam aqui em Xangri-Lá como nuvem de gafanhotos em lavoura.
Ocorre que a Lei Estadual n° 10.116/94 que penso ter sido o embrião do Estatuto das Cidades, diz em seu artigo 25 que os condomínios de unidades uni – familiares devem ter no máximo três hectares e testada não superior a 200 metros.

No balneário de Peruíbe, em São Paulo, já no ano de 1.979, a Prefeitura de lá limitou tais loteamentos em dois hectares, preocupada que estava com a circulação de veículos.

Aqui, infelizmente, temos um Prefeito que não enxerga muito além da ponta do nariz e se preocupa em aumentar mais a arrecadação, podendo assim empregar mais gente, fazendo nossa Prefeitura assemelhar-se às do Nordeste que nada mais fazem do que empregar e empregar.
 
Pois a FEPAM abriu a porteira e licencia qualquer tamanho, ignorando a Lei Estadual que deveria servir de baliza para suas atividades.
Também a FEPAM licenciou um desses loteamentos em Capão da Canoa que invade a Lagoa dos Quadros, através de um muro com cerca eletrificada que invade as águas. Está lá para quem quiser ver.

Essa mesma FEPAM devo reconhecer que relutou muito em aprovar o cultivo massivo de eucalipto na fronteira oeste e depois, sob pressão liberou geral.

Tal cultivo não me preocupa. Preocupa-me sim é a implantação de indústrias de celulose, pois embora tenhamos avançada legislação ambiental, sempre há o “jeitinho brasileiro”.

 Minha preocupação não é sem fundamento. As principais indústrias de sais para a produção de medicamentos estão todas em território indiano e chinês. Por que isto? Simplesmente por que os países ricos não querem em seus territórios  essas atividades que são altamente poluentes.
Os rios da fronteira oeste serão as vitimas dessa ganância de nossos empresários e dos prepostos da empresas multinacionais que estão chegando ao nosso estado.

Trabalhei um bom tempo na cidade de Cambará do Sul, cidade de clima extraordinário e que tem o melhor mel do mundo, o mel de Carne de Vaca, que é o mel branco, largamente utilizado na indústria farmacêutica.

Pois em Cambará está instalada a Celulose de mesmo nome que, felizmente depois de uma luta muito grande, acabou instalando equipamentos importados para preservar ás águas do rio no qual descarrega seus efluentes.

Antes, quando das descargas, as águas do rio ficavam brancas,

Para a lavagem da fibra da celulose usam um derivado do sal de cozinha, o cloro, altamente poluente.

Encerrando, penso que a FEPAM já se constitui um caso de POLÍCIA. Será que alguém discorda?

Receba as principais notícias no seu WhatsApp

Comentários

Comentários

Notícias relacionadas