Fidel elogia “espírito revolucionário” de Chávez
“Raramente na vida, se é que alguma vez, conheci uma pessoa que foi capaz de liderar uma revolução verdadeira e profunda de mais de dez anos, sem um dia de descanso em região de 1 milhão de quilômetros quadrados no mundo colonizado pela Península Ibérica”, disse Fidel.
O ex-presidente cubano lembrou que conhece Chávez há 16 anos. Segundo ele, neste período o venezuelano “desenvolveu” seu espírito revolucionário indicando um “talento excepcional”.
“Eu o conheci em 1994, quando ele tinha 35 anos, depois o reencontrei quando havia completado 40 anos. Percebi o seu desenvolvimento revolucionário. Dotado de talento excepcional e leitor insaciável, posso atestar a sua capacidade de desenvolver e aprofundar as ideias revolucionárias. Como em todo ser humano, oportunidade e circunstância desempenharam um papel decisivo no avanço de suas ideias”, afirmou Fidel.
O ex-presidente cubano afirmou ainda que suas divergências com Chávez são permitidas porque eles se tornaram grandes amigos. Sem citar situações específicas, Fidel atacou os que criticam o venezuelano e saiu em defesa dele.
“Tanto o império como mercenários ao seu serviço, envenenados pelas mentiras e consumismo, mais uma vez corremos o risco de subestimá-lo, assim como seu povo heroico, mas não tenho a menor dúvida de que mais uma vez vai receber uma lição inesquecível”, disse Fidel. “Nunca, em qualquer momento, nenhum governo fez tanto pelo seu povo em tão pouco tempo.”
Em seguida, o ex-presidente cubano destacou a importância de Símon Bolívar, chamado de “o libertador” na Venezuela e outros países que foram colônia espanhola. Porém, aproveitou para atacar o governo dos Estados Unidos, que acusou de “semear a miséria” em nome da liberdade.
“Em sua grandeza insuperável, o libertador, como gênio revolucionário, era capaz de prever que os Estados Unidos, inicialmente limitados ao território das 13 colônias britânicas, pareciam destinados a semear a miséria em nome da liberdade americana”, disse o cubano.