Filho adolescente, e agora? – Psicóloga Marisele Souza

Filho adolescente, e agora? - Psicóloga Marisele SouzaFilho adolescente, e agora? A adolescência é uma fase em que não se é mais criança que não tenha responsabilidades e também não é adulto para tomar decisões sozinho. É uma transição entre a infância e a vida adulta, acontecendo transformações não apenas físicas, mas também, emocionais, cognitivas e sociais. No Brasil, para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ela começa aos 12 e vai até os 18 anos.

Nesta fase é necessária sensibilidade dos pais para se colocarem no lugar desse adolescente, buscar compreender seus pensamentos e sentimentos, mas também, tomando cuidado para não comparar a situação atual com sua adolescência, porque os pais, já foram adolescentes e podem acabar por reviver seus conflitos, sucessos e fracassos e isso prejudica o seu relacionamento com o filho se não souber separar as duas situações.

Então olhe para você e reflita, perceba se realmente está tão incomodado com seu filho adolescente ou se o que ele está vivendo está te obrigando a reviver acontecimentos não tão bons ou assuntos que já tinha dado por encerrados. Reconhecer os sofrimentos do adolescente é importante, porque estará validando o que ele está sentindo, contribuindo para que se sinta acolhido e seguro.

Para muitos pais a busca por autonomia e independência dos adolescentes são vistos como “rebeldia”, mas o que eles querem mesmo é encontrar o seu caminho, distanciando-se dos pais e de suas idealizações. Por entender que se trata de uma fase delicada e muitas vezes difícil, conversar, discutir, ouvir pontos de vista do adolescente é necessário e precisa ser encarado como algo natural, respeitando também sua opinião, caso contrário poderá ser difícil o diálogo.

Para lidar com tudo isso, o apoio dos pais na fase anterior é fundamental, pois uma adolescência saudável começa na infância. Quando os pais atendem as necessidades emocionais que a criança precisa para seu desenvolvimento, afeto, atenção, autonomia, laser, limites realistas, orientações, segurança, validação dos sentimentos, para que possa desenvolver-se de maneira adequada. Já pensou, se para você compreendê-lo é difícil, imagina o que ele está passando em meio a tantas mudanças?

Psicóloga Marisele Souza

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