FMI aumenta de 1,5% para 3% projeção de queda da economia brasileira este ano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a projeção de queda da economia brasileira, este ano, de 1,5% para 3%. A informação consta do estudo World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial), divulgado hoje (6). Para 2016, a expectativa de redução do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,7%, no relatório divulgado em julho, para 1%.
O FMI destaca que no Brasil a confiança dos empresários e consumidores continua a diminuir, principalmente devido à deterioração das condições políticas. O relatório cita que os investimentos estão caindo rapidamente e que a necessidade de aperto na política macroeconômica reduz a demanda doméstica.
O governo brasileiro projeta queda de 2,44% do PIB, este ano, de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quarto bimestre, divulgado no dia 22 de setembro, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Já a estimativa do Banco Central é retração de 2,7%.
A projeção do FMI para o crescimento da economia mundial é 3,1%, 0,2 ponto percentual abaixo do previsto em julho. Segundo o relatório, o crescimento global diminuiu no primeiro semestre deste ano, refletindo o ritmo mais lento das economias emergentes e a fraca recuperação dos países avançados. Em 2016, a expectativa de crescimento econômico mundial é 3,6%.
Sobre a inflação, o FMI projeta queda em países avançados, refletindo a redução nos preços de petróleo. Nos países avançados da Europa, por exemplo, a inflação deve ficar em 0,7%, este ano, contra 1,2%, registrado em 2014.
Em países em desenvolvimento, a inflação deve subir, devido ao aumento acentuado previsto para a Venzuela (159,1%, em 2015) e Ucrânia (50%). Excluídos esses dois países, a inflação de países emergentes deve cair de 4,5%, em 2014, para 4,2%, neste ano.
No Brasil, a projeção de inflação para este ano é 8,9%, com redução para 6,3%, em 2016. O FMI prevê que, neste ano, a inflação vai superar o teto da meta (6,5%) devido ao ajuste de preços administrados e externos. O Fundo Monetário Internacional espera a convergência da inflação para o centro da meta (4,5%) em um período de dois anos.
Agência Brasil