O escritório regional do IBAMA em Tramandaí, recebeu um exemplar de sagüi (Callithrix penicillata), conhecido popularmente como mico-estrela ou sagui-de-tufo-preto. Ele foi recebido no escritório do IBAMA depois de ser entregue voluntariamente à Polícia Ambiental.
Segundo o analista ambiental Kuriakin Toscan, o animal se alimenta de frutas e plantas e vive em bandos de mais de seis indivíduos nas regiões do centro-oeste e sudeste do Brasil. E, de acordo com o analista ambiental, pelas características de comportamento do animal, pode-se concluir que ele esta há muito tempo em cativeiro.
O sagüi será encaminhado para o Núcleo de Fauna da Superintendência, em Porto Alegre e, em seguida, para um criadouro conservacionista.
É importante salientar que a maioria dos animais que chegam ao IBAMA não tem condições de retorno à natureza; são condenados eternamente ao
cativeiro.
Os sagüis já são considerados espécies exóticas invasoras, por terem sido dispersados em regiões fora de sua área de ocorrência natural.
Essa dispersão se deu por solturas e fugas de animais criados em casa. “A presença desses animais na natureza, em regiões onde não ocorriam, além de representar graves danos ambientais, comprova, cada vez mais, a inadequação desses animais ao cativeiro doméstico. Além de serem animais com alto potencial de fuga, estão entre os muitos animais silvestres que as pessoas abandonam após a primeira mordida ou incomodação” argumenta a bióloga Cibele Indrusiak, analista ambiental do Núcleo de Fauna do IBAMA/RS.