Foragidos se misturam a moradores de rua e gera preocupação em Torres

Moradores de rua tornaram-se alvo de atenção redobrada do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Torres, especialmente após o brutal latrocínio de um instrutor de autoescola ocorrido…
Moradores de rua, Briga por cobertores termina com morte de morador de rua no RS
Foto: IA

Moradores de rua tornaram-se alvo de atenção redobrada do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Torres, especialmente após o brutal latrocínio de um instrutor de autoescola ocorrido em 27 de maio.

O crime, cometido por um foragido do sistema prisional que se ocultava entre moradores de rua da cidade, acendeu o sinal de alerta para um problema crescente: criminosos disfarçados se misturando a pessoas em situação de rua para escapar das autoridades.

Desde as enchentes devastadoras de 2024, que ampliaram drasticamente o número de cidadãos vulneráveis sem moradia, o MPRS tem intensificado a cobrança por políticas públicas estruturadas que ofereçam atenção institucional permanente, acesso a direitos básicos e dignidade a esse grupo.

A promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira lidera os esforços da instituição. Em março, ela promoveu uma audiência pública para discutir medidas e, mais recentemente, reforçou a urgência da pauta após o assassinato.

“A presença de foragidos entre os vulneráveis revela a necessidade urgente de ações concretas e intersetoriais, com segurança, assistência social, saúde e educação atuando em conjunto”, declarou.

Ela reforça que é essencial não criminalizar os verdadeiros moradores de rua, mas agir de forma assertiva para identificar e isolar os infiltrados.

“Temos uma campanha que conscientiza a população sobre como agir diante de abordagens suspeitas. Caso haja intimidação, o cidadão deve registrar um boletim de ocorrência, legitimando a atuação policial para a identificação de possíveis criminosos infiltrados nesse grupo vulnerável”, explicou a promotora.

Moradores de rua

Desde novembro de 2024, está em curso em Torres uma campanha conjunta do MPRS, Brigada Militar, Polícia Civil e Prefeitura.

A iniciativa visa orientar a população a diferenciar abordagens suspeitas de cidadãos em situação de rua e denunciar ações que envolvam tom ameaçador, contribuindo assim para a segurança pública e a identificação de foragidos.

A promotora ainda defende a criação de centros de acolhimento dignos, políticas de inserção no mercado de trabalho e programas de saúde voltados a essas pessoas.

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“O desafio é grande, mas a omissão custa vidas. Políticas públicas eficazes são urgentes para proteger tanto os vulneráveis quanto a sociedade como um todo”, concluiu Dinamárcia.

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