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Fukushima – Por Jayme José de Oliveira

Julius Robert Oppenheimer foi o físico norte-americano que dirigiu a equipe de cientistas de vários países e produziu a primeira bomba atômica, resultado da “Operação Manhattan”. As bombas atômicas que foram lançadas em Hiroshima e Nagazaki comprovaram a terrível eficiência dos artefatos.

A ciência, que comprovou o poder destruidor da fissão do átomo também o domou, dando origem às usinas de reação nuclear para produzir energia elétrica. Perigos rondam o funcionamento, sendo o mais temido a contaminação por radiações. Quando ocorrem acidentes no funcionamento como em Chernobyl, em 1.986 – foi o primeiro dos cataclismos – Fukushima, em 2.011, o mais recente.

Em 26 de abril de 1.986 ocorreram explosões na Central Atômica de Chernobyl, na atual Ucrânia, um dos mais graves acidentes ecológicos que s tem notícia. Atualmente, na região, uma em cada cinco pessoas vive em terras contaminadas. O número de doentes de câncer, pessoas com deficiência mental e mutações genéticas cresce a cada ano. Antes havia 82 casos de câncer para cada 100 mil habitantes, hoje, há 6 mil casos. Muitos operários enviados pelo governo morreram contaminados após cumprirem tarefas na área.

Além das consequências a curto prazo, por demais conhecidas e temidas, outras a longo prazo ocorrem nos atingidos e mesmo em seus descendentes devido à desestruturação do DNA.

Os efeitos da radioatividade nos seres vivos dependem da quantidade acumulada e do tipo da radiação. Em pequenas doses é inofensiva, mas se a dose for excessiva, inclusive nos seres humanos, pode provocar danos no sistema nervoso, no aparelho gastrointestinal, na medula óssea,etc., ocasionando por vezes a morteem poucos dias ou num espaço de dez a quarenta anos, através da leucemia ou outro tipo de câncer.

Existem vários tipos, desde as radiações alfa que podem ser detidos por uma simples folha de papel, até as radiações gama, as mais deletérias.

As consequências, dependendo da exposição, podem causar leves danos, destruir células, originar um câncer e, inclusive alterar o material genético com reflexos nas futuras gerações.

O acidente de Fukushima foi o resultado colateral dum terremoto seguido por um tsunami que devastou o Japão em 2.011. A contaminação do meio-ambiente provocou alterações no DNA, inclusive de vegetais, como podemos observar nas imagens anexas.

O futuro da energia nuclear dependerá de como aprenderemos a minimizar os riscos e, principalmente, o domínio da FUSÃO NUCLEAR para substituir a FISSÃO NUCLEAR. A reação produzida pela fusão nuclear transforma átomos pesados de hidrogênio (deutério e trítio) em hélio, SEM RADIAÇÃO E RADIOATIVIDADE RESIDUAL.

O TOKAMAK, em estudo e aperfeiçoamento há décadas, quando tiver seu funcionamento dominado, nos fornecerá energia sem limite, sem riscos e barata. A fusão nada mais é que a repetição, em pequena escala, das reações que ocorrem no interior do sol.

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 Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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