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Google compra YouTube por US$ 1,65 bilhão em ações

O Google Inc. vai adquirir a comunidade de vídeos online YouTube por 1,65 bilhão de dólares em ações, informaram as empresas em um comunicado nesta segunda-feira (09/10).

Pelos termos do acordo, já sinalizado pelo Wall Street Journal na sexta-feira (06/10), o YouTube deve permanecer independente, mantendo a marca, os funcionários e seus escritórios, com sede em São Bruno, na Califórnia (EUA).
“O time do YouTube construiu uma plataforma de mídia poderosa e empolgante que complementa a missão do Google de organizar informações mundiais e torná-las universalmente acessíveis e úteis”, comentou Eric Schmidt, Chief Executive Officer (CEO), do Google em um comunicado sobre a aquisição.

“Juntos, somos parceiros naturais na oferta de um serviço estruturado de entretenimento de mídia aos usuários, aos donos de conteúdo e aos anunciantes”, complementou Schmidt.
Chad Hurley, CEO e co-fundador do YouTube, declarou estar confiante na negociação. “Com esta parceria teremos a flexibilidade e os recursos necessários para atingir nosso objetivo de criar a plataforma de próxima geração para servir a mídia no mundo todo.”

A transação deve ser concretizada no quarto trimestre deste ano. O número de ações do Google aplicadas na compra do YouTube será determinado dois dias antes da concretização do negócio, com base em uma média dos valores verificados nos 30 dias antecedentes.
Receita e direito autoral

Em uma conferência por telefone realizada logo após o anúncio da aquisição, os executivos das duas empresas disseram a analisyas de negócios e à imprensa que não poderiam revelar muitos detalhes a respeito do modelo de negócios resultante da aquisição do YouTube.

Parte da estratégia das companhias foi sinalizada na manhã de hoje com o anúncio de parcerias do Google com as gravadoras Warner, Sony e CBS para a oferta de videoclipes pagos na rede. Um anúncio similar, para a oferta de conteúdos da Warner no YouTube havia sido feito pela comunidade de vídeos em meados de setembro.
“Quando se pensa em buscas, essa é uma fonte fantástica de informações. O vídeo é uma grande mídia para os anunciantes. Deste ponto de vista, esperamos que o YouTube seja um grande canal para a publicidade”, comentou Sergey Brin, um dos fundadores do Google durante a conferência.
Outra questão levantada na conferência foi o destino dos vídeos que infringem as leis de direitos autorais, no YouTube, e os processos judiciais que podem ser herdados pelo Google por conta deste fato.

“A visão do YouTube é reforçar o copyright e cooperar na remoção destes conteúdos”, respondeu Chad Hurley, CEO e co-fundador do YouTube. “Com o negócio daremos passos ainda maiores na remoção de conteúdos ilegais”, concluiu.

Fundado em 2005, o YouTube tem mais de 100 milhões de vídeos assistidos diariamente. O sistema é alimentado por mais de 65 mil vídeos por dia.
O Brasil tem a segunda maior audiência residencial do YouTube no mundo, tendo registrado 2,6 milhões de visitantes em agosto, segundo o Ibope Inteligência.

Nos Estados Unidos, o YouTube registrou 34 milhões visitantes em agosto, superando as audiências da CNN (23,6 milhões) e do jornal The New York Times (12,3 milhões), informa a Nielsen//NetRatings.

Em setembro, o You Tube ficou com quase 46% de todas as visitas a sites de vídeo na web, enquanto a seção de vídeos da rede social MySpace.com ficou em segundo, com 21,2% do segmento, segundo a consultoria Hitwise. O Google Vídeo ficou apenas em terceiro, com 11%, seguido pelo MSN Video (6,8%) e pelo Yahoo Vídeo (5,6%).

A consultoria informa que o tráfego nos dez maiores sites de vídeo da web, entre fevereiro e março, aumentou 164%, o que, obviamente, atrai a atenção dos anunciantes responsáveis pela receita destas companhias de internet.

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