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Governo define subsídio para a utilização do arroz na ração para aves e suínos

Os governos Estadual e Federal definiram na tarde desta terça-feira (19) uma nova medida de apoio ao setor arrozeiro, que também terá impacto positivo sobre as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura. A utilização do arroz do tipo 3 na ração animal terá subsídio, que se dará por meio de um prêmio equivalente à diferença entre o preço de venda ao mercado e o preço mínimo, denominado Pepro (Prêmio de Equalização Pago ao Produtor). Além de retirar arroz do mercado, contribuindo para a elevação do preço pago ao produtor, o programa também deverá proporcionar ração mais barata aos avicultores e suinocultores.

O acerto ocorreu em Brasília, no gabinete do secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, encontro que teve a participação do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira. A medida deve possibilitar a comercialização de 500 mil toneladas. Se não houver no mercado disponibilidade suficiente do arroz tipo 3, deverá ser incluído nos leilões o tipo 2.

O aspecto relativo às questões técnicas e nutricionais da utilização do arroz como produto complementar na alimentação animal já havia sido equacionado em estudo realizado por grupo técnico da Câmara Setorial do Arroz. O produto deve ser agregado ao milho na composição das rações.

O Governo do Estado deve manter a alíquota zero, já destinada aos ingredientes deste tipo de ração. Nos próximos dias, os ministérios da Agricultura e da Fazenda devem ajustar as questões financeiras e oficializar a adoção deste programa.
“É mais uma vitória nesta nossa luta pela reestruturação da cadeia do arroz, na medida em que abre um novo mercado para a comercialização do produto, diminuindo os efeitos negativos sobre os preços, originados especialmente na superoferta”, comemorou Pereira.

Já o secretário Mainardi, analisou que a economia do Estado também sai ganhando: “Vamos diminuir nossa dependência em relação à importação de milho, já que a produção gaúcha ficou cerca de 1,5 milhão de toneladas abaixo da necessidade, o que nos causava uma evasão fiscal de aproximadamente R$ 100 milhões”.

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