Governo do estado cria força-tarefa de prevenção contra a estiagem
A governadora Yeda Crusius determinou a criação de uma força-tarefa de prevenção contra a estiagem. Devido à seca, o Estado perde, em média, US$ 1,1 bilhão/ano apenas com as safras de milho e soja. “Fomos avisados por toda a rede de serviços de meteorologia, nacional e local, de que haverá uma estiagem no mês de setembro”, revelou Yeda nesta terça-feira (10) durante o programa Conversa com a Governadora, da Rádio Piratini. A força será integrada pelas secretarias de Irrigação e Usos Múltiplos das Águas; Agricultura, Pecuária e Agronegócios; e Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano.
Além das secretarias, a força-tarefa reunirá todos os órgãos do Estado ligados à questão das águas. Um dos principais trabalhos desta nova equipe será atuar na perfuração de poços, construção de cisternas e capacitação dos produtores para reservar e usar bem a água. O governo do Estado, lembrou Yeda, sabe da vinda da estiagem, mas “não conhecemos a dimensão dela”. Segundo a governadora, o grande ciclo atual de chuvas faz parecer o tema estiagem menos importante, mas “queremos evitar perdas sobre as quais já fizemos cálculos”.
Perdas
Conforme Yeda, o Rio Grande do Sul tem sofrido grandes perdas financeiras com a estiagem. A média, segundo os números levantados, é de US$ 1,1 bilhão, ou R$ 2,2 bilhões, todos os anos, com as frustrações das safras de soja e de milho, informou a governadora.
“Vamos, então, tentar evitar isto através desta política preventiva e da força-tarefa”, disse ela. “A estiagem pode castigar o Estado se não for reservada a água da chuva. E foi por esse motivo que nós criamos a secretaria extraordinária de Irrigação e Usos Múltiplos das Águas”, lembrou a governadora.
Para a governadora, numa referência à atividade agropecuária, é importante “dar água da chuva, bem tratada, aos animais, através de cisternas. Essa é a inovação que queremos fazer”. Segundo Yeda, o governo do Estado está buscando a construção de cisternas com qualidade. Isto tem sido objeto de consultas e negociações junto as indústrias.
As cisternas permitirão diminuir os problemas de abastecimento aos rebanhos, por exemplo, bovino, ovino, caprino, suíno, a criação aves e de outros animais, além de garantir a irrigação da produção de grãos, principalmente a lavoura de arroz.