Em função dos baixos estoques de medicamentos para intubação de pacientes e da alta taxa de ocupação de leitos por Covid-19, o Gabinete de Crise, em reunião nesta sexta-feira (26/3), negou os pedidos para reduzir os níveis de restrição vigentes no Rio Grande do Sul.
Dessa forma, o governo decidiu manter a suspensão de atividades não essenciais entre 20h e 5h e aos finais de semana até 4 de abril, conforme havia sido anunciado.
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De acordo com o governador Eduardo Leite, o cenário epidemiológico que o Estado enfrenta ainda é de risco altíssimo, com ocupação de UTI acima dos 100% – fato que acionou a salvaguarda e manteve, pela quinta semana consecutiva, todas as regiões gaúchas em bandeira preta.
“Estamos numa situação em que observamos a redução da ocupação de leitos clínicos, já de uma forma bastante consistente, mas ainda não conseguimos observar redução na ocupação de leitos de UTI.
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Parou de crescer, mas ainda não caiu a ocupação. Vários Estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, estão observando esse crescimento, enquanto no Rio Grande do Sul se estabilizou, mas há uma preocupação com medicamentos essenciais para intubação, em falta em todo o país, com dificuldade de produção e distribuição”, afirmou o governador.
Entre os pedidos recebidos pelo Gabinete de Crise nos últimos dias estão prefeitos e entidades setoriais da Serra e da Região Metropolitana que pediam a ampliação do horário de funcionamento de restaurantes, estabelecimentos comerciais, serviços em geral e estabelecimentos de atividades físicas, tanto em dias de semana quanto sábado, domingo e feriados.
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Leite lembrou que a retomada da cogestão já foi adotada como forma de dar um fôlego às atividades econômicas, mas que as restrições à circulação de pessoas ainda são necessárias até que a situação nos hospitais se estabilize em níveis mais baixos.
“Precisamos ser mais rígidos agora, por mais nove dias, pelo menos, para não corrermos o risco de termos de fechar novamente logo ali na frente”, reforçou o governador.
Um dos fatores que mais preocupam não só o Rio Grande do Sul, mas todos os Estados, conforme discutido nesta sexta, mais cedo, em duas reuniões com governadores de todo o país, é a falta do chamado kit intubação, constituído por remédios necessários para o procedimento de ventilação mecânica dos pacientes com dificuldades respiratórias.
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A responsabilidade pela compra desses medicamentos é das instituições hospitalares, no entanto, devido à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, o governo do Estado e o Ministério da Saúde se articularam para comprá-los excepcionalmente e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Secretaria Estadual da Saúde realiza um levantamento semanal com os hospitais gaúchos acerca do estoque dos 22 medicamentos para a intubação em UTIs com o objetivo de acompanhar a quantidade na rede hospitalar pública.
Neste mês de março, já foram entregues a hospitais de todas as regiões do Estado cerca de 130 mil frascos de medicamentos com essa finalidade e devem chegar um novo lote nos próximos dias. Entretanto, segundo a secretária da saúde, Arita Bergmann, o cenário ainda é muito incerto e é preciso conter a propagação do vírus para garantir o atendimento à população.
Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Secom