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Governo do RS rescinde contrato com gestora do Hospital Tramandaí

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta sexta-feira (12), a rescisão do contrato com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), atual gestora do Hospital Tramandaí, no Litoral Norte.

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A medida tem o objetivo de reabrir o centro obstétrico e regularizar os pagamentos aos fornecedores e trabalhadores do hospital.

A previsão é de que uma nova gestora assuma a instituição por meio de um contrato emergencial em até 30 dias. Durante esse período, a FHGV continuará gerindo o hospital.

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O processo de escolha da nova gestora será feito por meio de um chamamento público, que será lançado paralelamente à contratação emergencial. O governador em exercício, Gabriel Souza, explicou os próximos passos:

“Nós vamos ter a contratação emergencial, posterior à rescisão com a FHGV, de uma entidade a ser contratada e paralelamente. Vamos continuar com o processo de lançamento do edital de chamamento público que vai até o meado do segundo semestre e finalizar-se, então, na contratação de uma instituição a fim de administrar perenemente aquela casa de saúde”, esclareceu.

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A FHGV estava na administração do Hospital Tramandaí há cerca de 12 anos.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirmou que a rescisão do contrato visa garantir a reabertura do centro obstétrico e a normalidade dos pagamentos aos fornecedores e trabalhadores do hospital.

A crise no Hospital Tramandaí teve início no começo de abril, quando os atendimentos no Centro Obstétrico e no Serviço de Obstetrícia foram paralisados.

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Os médicos alegaram más condições de trabalho e escassez de recursos.

Os serviços foram suspensos após uma perseguição de três quilômetros, durante a qual os agentes da Polícia Rodoviária Federal detiveram a condutora e o passageiro do veículo com a droga.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) manifestou que vai solicitar a participação no grupo de transição da gestão do hospital e pedir uma agenda com a secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, para obter mais informações sobre o fim do contrato com a FHGV.

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Confira a nota do Simers na íntegra

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vai pedir uma agenda com a secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, para saber mais informações sobre o fim do contrato com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), responsável pela gestão do Hospital Tramandaí. Na oportunidade, o Simers também vai solicitar a participação no grupo de transição, sendo que o mesmo assunto será tratado com o prefeito Luiz Carlos Gauto.

De acordo com o diretor-geral do Simers, Fernando Uberti, a decisão foi tomada logo após a entidade ter conhecimento sobre o anúncio feito pelo governo do estado na tarde de hoje, 12, de romper com a FHGV devido ao fechamento do Centro Obstétrico (CO) do hospital, no dia 1º de abril, e para garantir a manutenção dos serviços.

“Queremos saber mais informações e acompanhar de perto como vai ser a transição da gestão, uma vez que temos o exemplo recente de Alvorada, que deixou tanto os trabalhadores como a população vulneráveis. Insegurança que refletiu nos colaboradores do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, que passou pelo mesmo processo uma semana depois. O Simers quer o diálogo, pois defende a qualidade nas condições de trabalho para os os médicos e atendimento de qualidade aos pacientes”, destaca Uberti

A suspensão dos serviços no CO vem mobilizando o Simers, em várias reuniões do Presidente Marcos Rovinski com os gestores da FHGV, que apontou a necessidade de melhorias nas condições de trabalho e vem alertando há meses a entidade sobre a precarização da assistência. No primeiro dia do fim dos serviços, após um pedido da Fundação, o Simers reuniu os médicos para reapresentar a proposta referente aos honorários, que resultou em uma contraproposta dos médicos, incluindo uma lista de insumos e medicamentos que não poderiam faltar para garantir o atendimento adequado às gestantes.

“Sabemos a importância do Centro Obstétrico e da UTI Neonatal no Litoral Gaúcho para recebimento de gestantes e dos recém nascidos, pois a dificuldade de deslocamento destes pacientes de alto risco para a Região Metropolitana impacta em aumento na mortalidade infantil”, destaca o diretor-geral do Simers.

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