Governo Federal importará R$ 7,2 bilhões em arroz mesmo com produtores do RS garantindo abastecimento
Apesar dos produtores do Rio Grande do Sul garantirem a suficiência da safra de arroz para atender à demanda nacional, o governo federal autorizou, por meio de medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (24), a importação de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro.
A medida provisória libera R$ 7,2 bilhões para a compra de arroz, com o preço tabelado em R$ 4 por quilo.
A aquisição será realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Venda ao Consumidor
O estoque de arroz importado será destinado à venda direta em mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados e outros estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da iniciativa para a segurança alimentar do Brasil.
“Esta medida provisória é um passo crucial para garantir a segurança alimentar de todo o povo brasileiro”, afirmou Teixeira.
Posição dos Produtores
O governo do Rio Grande do Sul, no entanto, assegura que a safra de arroz do estado é suficiente para atender à demanda nacional.
Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a safra 2023/2024 deve alcançar cerca de 7,1 milhões de toneladas, número próximo ao da safra anterior, que foi de 7,2 milhões de toneladas, mesmo com as perdas causadas pelas inundações em maio.
Rodrigo Machado, presidente do Irga, reafirmou que a produção de arroz do estado é praticamente idêntica à do ano anterior, indicando que não haverá desabastecimento.
“Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a calcular que não haverá desabastecimento de arroz”, garantiu Machado.
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