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Governo investe em programa para pesca e aquicultura

A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, criada no atual governo, instituiu ao longo dos anos diversos programas voltados ao desenvolvimento sustentável do meio rural gaúcho e ao fomento da produção da agricultura familiar. Um dos programas é o RS Pesca e Aquicultura, estruturado para promover o desenvolvimento da pesca artesanal e da aquicultura familiar do Estado, por meio de ações planejadas e articuladas entre si, considerando a sustentabilidade social, ambiental e econômica da atividade.

O Departamento de Pesca, Aquicultura, Quilombolas e Indígenas da SDR e o RS Pesca e Aquicultura tiveram origem nas solicitações de movimentos sociais ligados à atividade da pesca artesanal e aquicultura familiar. “Esta é uma política estratégica para as duas áreas, dentro de uma abordagem ampla sobre o desenvolvimento rural, além de estruturar-se sob as demandas do setor e articulado com outras políticas que atendem o mesmo público”, afirma o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini.

Conforme o titular da SDR, o programa desenvolve ações de apoio às organizações dos pescadores e convênios com universidades para diagnosticar e monitorar a cadeia produtiva da pesca artesanal e da aquicultura. “Planejamos ações que atuem ainda nos segmentos da comercialização e beneficiamento de pescado, considerando o abastecimento local e regional, bem como a participação do Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Nacional de Alimentação Escolar e a Política Estadual da Compra Coletiva. Ou seja, a comercialização dos peixes vem sendo incentivada para além do período da Semana Santa, quando é vendida a maior parte de peixe criado no Rio Grande do Sul”, declarou.

O RS Pesca e Aquicultura transita também por outros programas da Secretaria de Desenvolvimento Rural, entre eles o Irrigando a Agricultura Familiar, o Programa Gaúcho do Cooperativismo e o Programa de Agroindústrias. “Trabalhamos para viabilizar a produção, dando aos pescadores boas condições de execução das atividades e melhor renda. Temos 30 agroindústrias de pescado inclusas no Programa da Agroindústria, que recebem qualificação e atenção das nossas ações. Isto se faz também para proporcionar aos consumidores, uma opção de alimento saudável e com preço acessível”, disse Scapini.

Prova da excelente aceitação dos produtos vindo da pesca e do crescimento pela procura destes produtos nos últimos anos, um levantamento feito pelos escritórios da Emater-RS/Ascar no Estado divulgado nesta semana apontou que o volume de peixe a ser comercializado, aumentou se comparado com o ano passado. De 2.763.490 kg o volume subiu para 3.268.067kg, um aumento de 18%. Quando comparado com o preço praticado no ano passado, o aumento foi de 18% (de R$ 7,70 para R$ 9,13).

Investimentos até o final de 2013
No Programa RS Pesca e Aquicultura, R$ 6,6 milhões foram investidos em projetos executados ou em execução. A partir disso, 467 viveiros foram construídos e 166 famílias foram apoiadas em projetos de comercialização direta.

Na avaliação do presidente da Colônia de Pescadores de Terra de Areia e do Litoral Norte, também coordenador estadual do Movimento dos Pescadores Profissionais Artesanais, Valdomiro Bastos Hoffmann, os investimentos do RS Pesca e Aquicultura motivam os pescadores e produtores do setor. “Todas as ações do programa, seja no que se refere à qualificação e capacitação dos pescadores, auxílio no licenciamento ambiental, apoio no armazenamento e comercialização dos produtos, qualificam nossas atividades. Tivemos muitas conquistas, como a compra de freezers, balanças, equipamentos para a modernização da atividade; tudo impacta positivamente na renda dos pescadores e na qualidade do produto que oferecemos aos consumidores gaúchos,” afirmou.

Comercialização de peixes deve movimentar R$ 30 milhões no RS
A Emater/RS-Ascar finalizou nesta semana o levantamento referente à expectativa de comercialização de peixes para a Semana Santa no Rio Grande do Sul. Conforme as informações divulgadas, o Estado deverá comercializar 3.268.067 kg de peixes, um aumento de 18% em relação a 2013, quando foram vendidos 2.763.490 kg. Quando comparado com o preço praticado no ano passado, o aumento também foi de 18% (de R$ 7,70 para R$ 9,13).

O levantamento deste ano foi feito em 418 municípios dos 493 onde a Emater/RS-Ascar possui escritórios, contra os 361 municípios participantes da pesquisa no ano passado. Além do valor de comercialização, que deve chegar a quase R$ 30 milhões, as informações indicam que serão 5.559 pontos de venda em todo o Estado, como feiras, pesque-pague, casa dos pescadores, propriedades, beira de praias e de rios e ambulantes. É na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, que compreende 68 municípios, que se encontra a maior parte dos pontos de venda, com mais de 1350 opções.

Das cerca de 20 espécies de peixes que serão comercializados, as carpas representam a grande maioria (63%), seguidas pela tilápia (8%). De acordo com o assistente técnico estadual em Piscicultura da Emater/RS-Ascar, Henrique Bartels, o que chama a atenção este ano é o aumento do preço médio. “Como o universo pesquisado foi maior este ano e utilizamos os mesmos parâmetros do levantamento anterior, já esperávamos um aumento no volume comercializado”, explica Bartels.

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