Variedades

Governo quer restringir concentração no varejo

O governo quer barrar o surgimento de monopólios varejistas regionais que podem aparecer com os meganegócios de fusão e aquisição das grandes redes anunciados no último ano e que vêm mudando a cara do setor no País. A intenção é evitar que essas operações possam reduzir a concorrência em mercados locais, com consequências negativas para os consumidores.

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda vai acompanhar com lupa o efeito dessas fusões e aquisições e poderá propor ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que imponha barreiras regionais como condição para aprovar a operação – como no mais recente caso avaliado (da Sadia/Perdigão) na área da indústria.

De um ano para cá, o setor de varejo viveu uma onda de anúncios de fusões e aquisições, com as operações do Ponto Frio e Pão de Açúcar, Casas Bahia e Pão de Açúcar, Ricardo Eletro e Insinuante e Magazine Luiza e Lojas Maia. As uniões fazem parte das estratégias das redes de atuarem em novos mercados para não perderem espaço.

Com o crescimento mais acelerado da economia brasileira, puxado sobretudo pela expansão do consumo interno e o avanço das classes C e D, os mercados regionais, como o do Nordeste, passaram a ter papel relevante. São justamente regiões como essa que inspiram mais cuidado por parte do governo. O que as autoridades do setor de concorrência pretendem evitar é que as integrações de grupos acabem virando um rolo compressor na concorrência.

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