Greenpeace faz palestras em escolas municipais de Torres
Integrantes da organização não-governamental (ONG) Greenpeace estiveram na última semana (13 e 14/11) nas Escolas Municipais Fundamentais Alcino Pedro Rodrigues, no Getúlio Vargas, e Santa Rita, no Faxinal, divulgando a campanha de preservação aos oceanos “Entre Nessa Onda”. O objetivo da campanha é a conscientização sobre a necessidade de proteger o ecossistema marinho. Para isso, além da palestra sobre o tema, foi apresentado aos educadores o filme “O Mar é Nosso”. A intenção é que os professores se tornem multiplicadores do assunto, visando sensibilizar toda comunidade escolar.
O projeto “Entre Nessa Onda” vem em resposta ao relatório “À deriva – Um panorama dos mares brasileiros”, elaborado pela organização após a consulta de 46 especialistas no assunto, que aponta que as mudanças climáticas serão responsáveis pela elevação do nível do mar, o estoque pesqueiro do Brasil é explorado além da sua capacidade de reprodução e muitas espécies estão ameaçadas de extinção. O vídeo usa uma linguagem didática para explicar a necessidade de preservar o mar. Cópias do filme foram distribuídas às escolas para ser utilizada como recurso pedagógico em sala de aula.
Para a secretária de Educação, Léa Gállio Gründler, é difícil entender os problemas ligados à preservação dos oceanos porque não os vemos, “mas alguns deles são irreversíveis, como os efeitos do aquecimento global, a ocupação humana em áreas costeiras, a pesca predatória e o lixo jogado em alto-mar”. “É um consenso que a preocupação de preservar o meio-ambiente deve ser cultivada ainda na escola, entre as crianças e os adolescentes. Esta necessidade é maior em cidades litorâneas, como Torres, que tem no mar sua maior fonte de renda”, ressalta.
Orientações da ONG
O Greenpeace recomenda que 40% da costa seja incluída em reservas marinhas. Além disso, a organização orienta que é possível adotar medidas simples quanto à preservação do mar, como por exemplo, não fazer na praia o que não se faz dentro de casa, como jogar lixo no chão.
Outra maneira é através de ações individuais ou coletivas, cobrar que a fiscalização da pesca e das áreas de conservação já existentes se tornem mais eficiente e para que novas áreas de conservação sejam criadas.