Gripe aviária: desinfecção termina e vazio sanitário de 28 dias começa em granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A desinfecção da granja de Montenegro foi concluída na noite desta quarta-feira (21), marcando o início de um período rigoroso de vazio sanitário de 28 dias, conforme determina o Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A medida segue protocolos estabelecidos para conter a disseminação da gripe aviária após a confirmação de um foco da doença na propriedade, localizada no município gaúcho.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou no dia 16 de maio, a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), resultando no sacrifício imediato das aves doentes remanescentes na granja de reprodução avícola.
A partir desse momento, iniciou-se também a retirada completa da cama aviária e a destruição de todos os ovos ainda presentes no local.
O processo de limpeza intensiva e desinfecção das estruturas se estendeu até a noite de quarta-feira (21), envolvendo todas as áreas da propriedade: galpões, maquinário, escritórios, almoxarifado, vestiários e lavanderia.
O trabalho de descontaminação contou com a atuação diária de seis a doze funcionários da granja e de uma empresa especializada contratada, além da supervisão técnica de cinco servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e de um representante do Mapa.
A cooperação entre as equipes foi essencial para assegurar que todos os protocolos de biossegurança fossem cumpridos à risca.
Com a finalização da desinfecção, inicia-se o período de vazio sanitário de 28 dias.
Esse intervalo corresponde a dois ciclos completos de incubação do vírus da influenza aviária, cada um com 14 dias, e serve como barreira biológica fundamental para prevenir novos surtos e garantir que o vírus não permaneça no ambiente da granja.
O protocolo do vazio sanitário está previsto no Plano Nacional de Contingência do Mapa e é uma das ferramentas mais eficazes na estratégia de erradicação da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em áreas contaminadas.
Durante este período, não será permitida a entrada de novas aves nem qualquer atividade que possa comprometer a biossegurança da propriedade.
Gripe aviária no RS
A confirmação do foco em Montenegro acendeu o alerta em toda a cadeia produtiva avícola do Rio Grande do Sul, um dos maiores polos do setor no país.
Autoridades sanitárias e produtores seguem em vigilância constante, reforçando medidas de prevenção e controle, como monitoramento de aves, restrição de acesso a granjas e testagens em propriedades vizinhas.
A adoção rápida e coordenada das ações emergenciais demonstra o comprometimento das autoridades e do setor privado na contenção do vírus e na proteção da saúde animal e da produção avícola brasileira.