Há algo de muito podre no Reino Unido – Sergio Agra

Sergio Agra

HÁ ALGO DE MUITO PODRE NO REINO UNIDO

A Final da Eurocopa, disputada no domingo, 11 de julho, no Templo Sagrado dos Ingleses, o Estádio Wembley, em Londres, foi disputada entre as Seleções da Itália e da Inglaterra. A Azurra, mesmo sofrendo um gol a menos de dois minutos da etapa inicial, com a garra e o empenho de seus jogadores sagrou-se vencedora após o empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, nos pênaltis.

Na cerimônia de entrega das medalhas aos três primeiros colocados na competição “The Englisch Team” protagonizou uma vergonhosa cena de arrogância, deseducação e ausência total da lisura do espírito de competição. Mal recebida a condecoração, os atletas ingleses arrancaram-na com raiva, despeito e desdém de seus pescoços. Perceberam, quem sabe, de que juntamente com a realeza os britânicos há muito perderam a fleuma e a majestade.

Não poderia ser mesmo diferente. Com a caquética soberana, calçada sobre seus indefectíveis “Anabelas” e pendurada ao seu braço esquerdo a inseparável bolsa (dizem os valets de chambre que a rainha sempre preferiu no leito e na alcova a companhia deste acessório feminino à do Príncipe Com Sorte) ela se mantêm viva simplesmente para não ceder o trono ao babaca do Charles, que a vida inteira fora um zero à esquerda.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor, uma mulher em cujas veias circulam apenas gelo, viveu e estabeleceu cada minuto de sua vida em função unicamente da Coroa. Jamais soube o que seria banhar sequer um único de seus quatro filhos, dar-lhes um beijo de boa-noite, menos ainda acalentá-los em seus pesadelos infantis. Os Corgis, sua raça preferida de cães, receberam os afagos e carinhos que não destinara aos filhos.

Egóica, esmagou como baratas a todos que mesmo apenas em pensamento se lhe atrevessem fazer sombra. Interferiu no affaire de Charles com Camilla Shand, nome de solteira de Camilla Parker Bowles, a conhecida “Tampax” das declarações amorosas do imbecilizado herdeiro, a ponto de “sugerir” um casamento de conveniência da moça com Andrew Parker Bowles.

O carisma de Diana Spencer, a Lady Di, e a devoção com que os súditos britânicos e até mesmo os dos dezesseis países das Commonwealths lhe dedicavam viria a inflamar cada vez mais, dia após dia, as chamas da vaidade da soberana. O arrependimento de não ter permitido o casamento de Charles com a servil Camilla quase transparecia nos seus atos, decisões e palavras. Fora esta a gota d’água que entornaria o dedal de paciência e tolerância da rainha e o início de uma “guerra fria” entre sogra e nora que em muito contribuíram para o divórcio e o desfecho trágico de todo o drama.

A sordidez, a arrogância e a ausência total de sentimentos da Rainha Elizabeth, que sempre espantou com maestria para sob os tapetes os escândalos sexuais de sua irmã mais jovem, Margareth, e de Anne, a filha rebelde, a ovelha negra do Palácio Buckingham atingiria picos de incredulidade ao esconder a internação em sanatório para doentes mentais de duas irmãs, suas primas por parte de pai, temendo o que os súditos pensassem e fizessem ilação com o “princípio da hereditariedade”, do qual sua irmã, Margareth, e o palerma Charles transitaram bem próximos.

Desse manicômio real se salva o Príncipe Harry, o segundo filho de Charles e Diana. Tal mãe, tal filho, Harry mostra que segue ensinamento da Princesa Diana. Sem aquela preocupação por pertencer a uma família real e, consequentemente, precisar seguir inúmeros protocolos e comportar-se como um príncipe de conto de fadas, Harry, se não chutou o balde, chutou a Coroa e mandou a realeza à merda! Como visionário, ele tem a certeza de que, com a morte da jurássica soberana, sua avó, o Reino Unido irá perder definitivamente a majestade, seja nas mãos do pai ou de seu irmão, o Príncipe William.

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