Haiyan causou a morte de mais de 5.200 filipinos
Em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou ter lançado uma campanha de vacinação nas Filipinas para impedir eventuais surtos de sarampo e de poliomielite entre os sobreviventes do Tufão Haiyan.
A campanha de vacinação, desenvolvida em colaboração com o Departamento de Saúde das Filipinas, será complementada com a distribuição de vitamina A para fortalecer o sistema imunológico.
A ação da OMS terá como principal foco as crianças com menos de 5 anos, faixa etária da população mais vulnerável a essas doenças. “Um grande número de crianças sem vacinar corre o risco de contrair e propagar doenças infecciosas como o sarampo, especialmente em lugares superlotados, onde muitos filipinos que perderam as casas estão vivendo”, disse a representante da OMS, Julie Hall.
“O sarampo pode ser mortal, especialmente em crianças pequenas”, acrescentou.
Sobre a situação nas Filipinas, duas semanas depois da passagem do tufão, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou que cerca de 387.000 desabrigados vivem em 1.500 centros de acolhimento em Visayas, área central do Arquipélago das Filipinas.
A organização estima que cerca de 5.000 pessoas fogem diariamente de Leyte, Samar e outras zonas afetadas pelo tufão e tentam chegar a cidades como Cebu – também na área central – e Manila, a capital do país.
A OIM alertou para o perigo de eventuais práticas de tráfico de seres humanos, flagelo que afeta principalmente mulheres e crianças, devido à intensa movimentação de pessoas em todo o país.
“Estamos reunindo informações demográficas sobre os desabrigados, sobre os imigrantes e os respetivos destinos, uma vez que existe claramente o perigo da prática de tráfico de pessoas”, disse a porta-voz da OIM, Chistiane Berthiaume.