Hidrogênio verde: conheça as cidades do Litoral na rota para investimentos bilionários
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Hidrogênio verde: conheça as cidades do Litoral na rota de R$ 62 Bilhões

Corredor de Hidrogênio Verde no Litoral do Rio Grande do Sul Pode Atrair R$ 62 Bilhões em Investimentos.

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Cidades como Arroio do Sal, Mostardas e Rio Grande estão no topo da lista para a produção e logística do combustível limpo.

O Rio Grande do Sul está dando passos significativos rumo à transição energética com a produção de hidrogênio verde.

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A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffman, destacou a expectativa de que a primeira planta focada exclusivamente na produção de hidrogênio verde no estado seja anunciada ainda neste ano.

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O impulso para esse avanço vem do marco legal para hidrogênio de baixa emissão de carbono, estabelecido pelo governo federal em agosto, que definiu as normas e os benefícios para a produção do combustível sustentável no Brasil.

Hidrogênio verde: conheça as cidades do Litoral na rota de R$ 62 Bilhões
Hidrogênio verde: conheça as cidades do Litoral na rota para investimentos bilionários – Imagem: Freepik

Empresas como CPFL Energia, CMPC e Mitsubishi já demonstraram interesse, com propostas concretas para investir na produção de hidrogênio verde no estado.

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Na semana passada, um novo memorando de entendimento foi firmado entre a Arpoador Energia e a Mitsubishi Power, marcando mais um passo no desenvolvimento dessa tecnologia.

No total, 10 municípios no Rio Grande do Sul foram identificados com grande potencial para a geração e logística do hidrogênio verde, destacando-se no Litoral: Arroio do Sal, Mostardas e Rio Grande.

Potencial Econômico e Logístico

O estado do Rio Grande do Sul possui um potencial estimado de R$ 62 bilhões para o hidrogênio verde, considerando a disponibilidade de energia renovável, infraestrutura existente e a proximidade com centros de demanda.

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A expectativa é que essa nova economia de hidrogênio verde impulsione o desenvolvimento regional, especialmente nas áreas litorâneas.

Desenvolvimento de Infraestrutura e Mão de Obra

Marjorie Kauffman reforçou que comissões estão sendo formadas para tratar das necessidades específicas de infraestrutura, mão de obra, incentivos fiscais e licenciamentos.

A nova legislação federal proporcionará um novo impulso à política estadual para o hidrogênio verde, que já está em desenvolvimento há aproximadamente um ano.

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Memorandos e Parcerias

Além do recente acordo com a Arpoador Energia e a Mitsubishi Power, o Rio Grande do Sul já conta com uma série de memorandos de entendimento com outras empresas e entidades, incluindo White Martins, Enerfin, Ocean Winds, Neoenergia, Prefeitura de Rio Grande, Green En.IT, Ventos do Atlântico, CMPC, Equinor-Portos RS, e CPFL Energia.

Essas parcerias são essenciais para a criação de uma cadeia produtiva robusta e sustentável para o hidrogênio verde.

Recomendações e Monitoramento

A Secretaria do Meio Ambiente recomenda que os interessados acompanhem os desenvolvimentos e estejam atentos às atualizações sobre os projetos de hidrogênio verde no estado.

Informações detalhadas podem ser obtidas nos canais oficiais e nos documentos públicos disponibilizados pelo governo estadual.

As 10 cidades

Giruá, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Vila Nova do Sul, Cambará do Sul/Arroio do Sal, Porto Alegre, Mostardas, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

Esses municípios foram destacados levando em conta questões como a disponibilidade de energia renovável, distância do ponto de demanda e infraestrutura (como linhas de transmissão de energia e usinas próximas).

Memorandos existentes para a cadeia de hidrogênio verde

White Martins (dezembro/21)
Enerfin (março/22)
Ocean Winds (junho/22)
Neoenergia (agosto/22)
Prefeitura de Rio Grande (fevereiro/23)
Green En.IT e Ventos do Atlântico (maio/23)
CMPC (setembro/23)
Equinor-Portos RS (setembro/23)
CPFL Energia (setembro/23)
Arpoador Energia e Mitsubishi Power (agosto/2024)

Hidrogênio. O que é?

O hidrogênio, o elemento químico mais presente no planeta, desempenha um papel vital no futuro da energia limpa.

Embora o hidrogênio esteja naturalmente combinado com outros elementos como oxigênio na água e carbono em hidrocarbonetos, para ser utilizado como combustível, ele precisa ser separado dessas combinações.

O hidrogênio verde, em especial, está ganhando destaque por seu potencial sustentável e baixo impacto ambiental.

Diferença entre Hidrogênio Verde e Cinza

O hidrogênio verde é obtido a partir da quebra de moléculas contendo H2 em sua composição, utilizando fontes renováveis, como etanol, biogás e vinhaça – um subproduto das usinas de cana-de-açúcar.

Isso o distingue do hidrogênio cinza, amplamente empregado na indústria petroquímica e na produção de fertilizantes de amônia, que utiliza fontes fósseis como o gás natural, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa.

A produção sustentável de hidrogênio verde pode ser revolucionada pela utilização da água.

Conforme explica Juliano Bonacin, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o setor sucroenergético tem a oportunidade de aproveitar a água residual usada na lavagem da cana-de-açúcar para extrair hidrogênio.

Este processo não só cria uma fonte de energia limpa, mas também permite o reaproveitamento de recursos hídricos.

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