Homem se passa por piloto e tenta se infiltrar na cabine de comando de um avião comercial da Azul durante o voo AD6035, que saiu de Porto Alegre com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O incidente ocorreu no dia 24 de fevereiro e mobilizou os protocolos de segurança da companhia aérea.
Vestido com uniforme da Gol Linhas Aéreas, portando um crachá da mesma empresa e até mesmo um Certificado de Habilitação Técnica (CHT) emitido pela Anac, o passageiro enganou momentaneamente os comissários, dizendo ser comandante recém-promovido da Gol com sete anos de atuação.
No entanto, inconsistências no discurso despertaram suspeitas da tripulação, que prontamente seguiu os protocolos internos de segurança e negou o acesso à cabine.
O Airbus A320 da Azul decolou às 14h12min do Aeroporto Salgado Filho e pousou às 15h52min em São Paulo.
Apesar do susto, o voo transcorreu normalmente, sem incidentes para os passageiros.
A Gol divulgou um comunicado interno alertando seus funcionários sobre o comportamento suspeito, reforçando que a segurança é o principal valor da companhia.
O verdadeiro comandante do voo, ao deixar a cabine, chegou a cumprimentar o homem, acreditando tratar-se de um colega.
Foi nesse momento que o farsante tentou obter autorização para entrar na cabine, o que foi prontamente recusado.
A Azul confirmou que o suspeito embarcou com um bilhete comum — o mesmo usado por passageiros — e não com o chamado “passe livre”, utilizado por tripulantes das companhias aéreas.
Esse passe é concedido por meio de um acordo com o sindicato da categoria e exige agendamento prévio.
Segundo os protocolos de segurança da aviação comercial brasileira, somente pilotos e comissários devidamente autorizados têm acesso à cabine de comando durante o voo, sendo vedado a qualquer passageiro tentar aproximação com a tripulação no espaço de pilotagem.
A Azul destacou, em nota oficial, que a tripulação agiu com rapidez e precisão, seguindo todos os procedimentos de segurança e notificando imediatamente a Gol e as autoridades competentes.
A identidade do suspeito não foi revelada.
Homem se passa por piloto
O caso serve como alerta para as companhias aéreas e reforça a importância da vigilância constante em ambientes de alta segurança, como os voos comerciais.
O comunicado da Gol ressalta que eventos fora do padrão devem sempre ser relatados e que o ocorrido será utilizado para reforçar o treinamento das equipes.
