Homenagens – Nilton Moreira
Homenagear é sempre gratificante. Tem gente inclusive que se sente mais feliz quando oferece um presente a alguém do que quando é presenteado, claro que em ambas as situações a alegria é envolvente. Mas existem várias maneiras de se homenagear alguém, e é sempre um ato nobre, pois demonstra reconhecimento e humildade.
Muitos em nossa profissão, ao longo dos anos foram homenageados algumas vezes. Por portarias, medalhas, dispensa do serviço, ato solene e até mesmo um mero elogio verbal, que muito gratifica e sempre nos incentiva a sermos cada vez melhores.
Tem aquelas homenagens que são feitas através de colocação de nome em plenário, museu, rua, praça, alameda, ponte e até mesmo em prédio público. Por falar em prédio, são comuns algumas sedes de centro administrativo levar nomes de pessoas por mero conchavo político, já que não raro o homenageado que já partiu nem tanto realizou para a comunidade se comparado com outros que deveriam ser lembrados e que efetivamente foram queridos, mas por questões partidárias, ficam no esquecimento.
Notamos também as referências que são feitas através da edificação de monumentos e bustos que dependendo do escultor retrata uma viva semelhança, o que é sem dúvida uma das mais enaltecedoras homenagens.
Mas um busto de quem já partiu desta vida, muitas vezes tem um valor significativo para determinado povo, comunidade, lugar, mas fica só nisso, pois aquela homenagem se vale tanto neste plano, não vale nada no plano espiritual, e certamente não será anotada nem na ficha espiritual da personalidade desencarnada.
Por outro lado, se o desencarnado efetivamente foi pessoa digna de respeito e fazedor de feitos que beneficiaram muitas pessoas e dentro dos parâmetros almejados pela Bondade Divina, certamente também na Terra Fluídica, os benfeitores espirituais edificarão um momento réplica, que será visto na espiritualidade, Isto se pode constatar nos esclarecimentos mediúnicos do Mestre Chico Xavier.
Portanto é um erro dizermos que nada levamos desta vida. Levamos os frutos de nossas práticas, que podem ser bons ou maus. Se maus, teremos vergonha ao desencarnarmos e precisaremos expiá-los numa próxima vida, mas se forem edificantes, perpetuaremos na espiritualidade, afinal a nossa vida como espírito é única e tudo fica armazenado ao longo das sucessivas vidas.
Esta vida que estamos vivendo agora é somatório das múltiplas já vivenciadas. Portanto, que possamos encontrar forças para sermos merecedores de estátuas neste plano, mas com meritórios de réplicas na espiritualidade também.
Realizações a todos.