Hospital de Osório diz em nota que idosa envolvida em erro morreu por idade avançada
Segundo o comunicado, a idosa não morreu devido ao erro médico e sim pela sua idade avançada.
Caso
Em 1º de maio, uma técnica de enfermagem injetou alimento na veia da idosa internada no Hospital São Vicente de Paulo.
O composto alimentar deveria ter sido colocado na sonda ligada ao estômago da paciente.
A técnica poderá ser indiciada por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
Veja abaixo a nota
Nota oficial do Hospital Beneficente São Vicente de Paulo, da cidade de Osório. Os dados são baseados em laudos médicos:
– Nos últimos meses a paciente Elsa Érika Dreher Link já havia sido internada três vezes.
– Ela tinha 92 anos quando deu entrada pela última vez no hospital de Osório. Ela apresentava “Quadro de demência senil”, “Doença neurológica avançada e degenerativa”, “Infecção generalizada provocada por uma infecção urinária”, “Insuficiência cardíaca” e “Derrame pleural bilateral”.
– A paciente teve “embolia pulmonar” e foi levada para Tramandaí.
– Após uma semana no hospital de Tramandaí, ela estava curada da “embolia pulmonar”. Em duas semanas a infecção foi controlada e ela voltou a respirar sem a ajuda de aparelhos. Devido à fraca caixa torácica, ela precisava respirar por aparelhos por 12 horas, já que não tinha forças físicas para se manter 24 horas.
– Três dias antes do óbito, a paciente estava pronta para receber alta. Não usava mais antibióticos e respirava melhor, apesar do seu quadro neurológico ser irreversível.
– Na reta final da sua internação ele teve outra infecção urinária, que atacou mais uma vez o organismo. Por causa da idade avançada e fragilidade física, ela faleceu, devido a uma “Disfunção múltipla de órgãos” (Falência múltipla dos órgãos). Ela estava com 93 anos (completados durante a internação).
– No período em que ela esteve internada em Osório, foi feita uma avaliação que apontava que a paciente tinha 93% chances de morrer.
– Quando estava internada em Osório ela não respondia mais a estímulos, não abria a boca e não conseguia mastigar.
– Seu quadro não poderia evoluir. É a chamada Distanásia (Distanásia é a prática pela qual se prolonga, através de meios artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável. Também pode ser conhecida como “obstinação terapêutica”). Ela receberia alta, mas não teria uma vida normal, devido ao seu avançado quadro de “Demência Senil.”
– Resumindo: Ela morreu devido à idade avançada, já que o problema ocorrido em Osório foi resolvido em uma semana.
O Hospital Beneficente São Vicente de Paulo presta sua solidariedade à família enlutada.
HOSPITAL BENEFICENTE SÃO VICENTE DE PAULO
Trabalhando sempre para sua saúde e bem-estar
Dr. Francisco Moro – Presidente