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Hospital Tramandaí suspende atendimentos na UTI por falta de insumos

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta do Hospital Tramandaí teve seus atendimentos suspensos devido à escassez de insumos e incertezas em relação ao contrato de prestação de serviços médicos após rescisão com o governo estadual.

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A suspensão foi informada através de uma circular interna do hospital e confirmada pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) nesta quinta-feira (18).

Segundo o diretor técnico do hospital, Diego Caldieraro Morales, a UTI não receberá novos pacientes até que as pendências de insumos e incertezas contratuais sejam resolvidas.

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Atualmente, a UTI possui 10 leitos, sendo que seis pacientes estavam sendo atendidos nesta quinta-feira.

O governo estadual rescindiu o contrato com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas em 12 de abril, e a instituição continuará administrando o Hospital Tramandaí até que uma nova gestora assuma.

Um edital para contratação emergencial da nova administradora foi publicado em 15 de abril, com propostas aceitas até 29 de abril e previsão de conclusão do processo em maio.

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Enquanto a transição de administradores não ocorre, uma comissão da Secretaria Estadual da Saúde (SES) foi instalada para acompanhar o processo de troca e garantir o funcionamento da instituição.

O Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, dará retaguarda assistencial atendendo pacientes de obstetrícia, traumatologia e cuidado clínico durante esse período.

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O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) lamentou o fechamento da UTI, mas destacou que a medida visa evitar riscos à saúde dos pacientes, devido à falta de medicações anestésicas e itens de higiene.

A diretora do sindicato, Gabriela Schuster, ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de soluções urgentes.

Veja o comunicado do hospital na íntegra:

Considerando a dificuldade de mantermos um quantitativo razoável de insumos para a continuidade da assistência de pacientes graves em ambiente de Terapia Intensiva.

Considerando a incerteza na continuidade da prestação de serviços médicos e de manter uma escala médica perene para atendimento na UTI adulto.

Considerando que as internações em leitos de UTI demandam tempo e continuidade e que a transferência de qualquer destes pacientes em uma eventual necessidade se torna extremamente difícil.

Considerando que recebi documento protocolado pela chefia médica e pelo responsável técnico médico expondo as dificuldades em manejar os pacientes devido toda a insegurança gerada com tais situações apontadas.

Informo que a partir de hoje não serão mais admitidos pacientes na UTI até que sejam resolvidas as pendências de insumos e as incertezas quanto ao contrato de prestação de serviços médicos.

Havendo qualquer mudança neste cenário tomaremos as medidas necessárias para o pronto restabelecimento dos serviços.

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