Ibama confirma ataque de onça-parda a homem no Litoral Norte: caso levanta alerta sobre presença de felinos no RS.
Segundo a CNN, o Ataque de onça-parda foi confirmado pelo Ibama, após análise feita por uma perita que avaliou os ferimentos no corpo de Darci Pelisser, de 79 anos.
A especialista afirmou que os arranhões e lacerações “fecham com o tamanho da pata do animal”, identificando a espécie como uma onça-parda, também chamada de puma.
O idoso foi atacado em sua propriedade rural no município de Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
O ataque ocorreu em uma área de mata onde não foi possível encontrar pegadas, pois o solo é composto por pedras e vegetação densa, o que impede a marcação de rastros.
Técnicos do Ibama estiveram no local para buscar sinais da presença do felino, mas as condições ambientais dificultaram o trabalho.
Ibama confirma ataque de onça-parda
O ataque foi interrompido graças à bravura de um cachorro, que enfrentou a onça-parda para proteger o idoso.
O animal de estimação saiu ileso e ajudou a salvar a vida do tutor.
Darci sofreu ferimentos no rosto e nos braços, foi socorrido por vizinhos e encaminhado ao hospital de Osório, onde recebeu atendimento médico.
Apesar de raros, casos de ataque de onça-parda têm se tornado pauta de discussão sobre a interação entre humanos e animais silvestres no Rio Grande do Sul.
Embora esses felinos sejam nativos da região e tenham hábitos discretos, a expansão urbana e a ocupação desordenada de áreas de mata aumentam os riscos de encontros inesperados.
A onça-parda é considerada um animal vulnerável em determinadas regiões do Brasil e desempenha papel essencial no equilíbrio ecológico.
No entanto, sua presença em áreas habitadas reforça a necessidade de medidas preventivas.
A Brigada Militar alerta os moradores a evitarem trilhas solitárias, especialmente em regiões de mata fechada, e recomenda reforço na proteção de criações que possam atrair predadores.
O caso em Maquiné reacende o debate sobre preservação ambiental, conservação da fauna silvestre e os desafios da convivência entre humanos e grandes predadores.
Órgãos ambientais pedem maior conscientização da população e políticas públicas eficazes para mitigar conflitos entre homens e animais no campo e nas zonas de transição urbana.