Inadimplência recorde no RS: cidades com mais devedores
Inadimplência recorde no RS: A inadimplência no RS atingiu um patamar alarmante em fevereiro, com um recorde histórico de 41,15% da população adulta com contas em atraso.
Este número representa um aumento significativo em relação a janeiro, quando a taxa já era preocupante, em 40,9%, aproximando-se do recorde anterior registrado em abril de 2024, um mês antes das enchentes que impactaram o estado e levaram à suspensão temporária das negativações pelos birôs de crédito.
Números alarmantes
Mais de 3,645 milhões de gaúchos estão inadimplentes, um aumento de 25 mil pessoas em relação ao mês anterior.
O valor total das dívidas atrasadas ultrapassa R$ 22,314 bilhões, com uma média de R$ 6.121 por devedor.
Quatro em cada dez adultos no Rio Grande do Sul enfrentam dificuldades para quitar suas dívidas, principalmente com bancos e financeiras.
Cidades mais afetadas
O aumento da inadimplência foi observado em todas as cidades gaúchas monitoradas, com destaque para:
- Porto Alegre: 537 mil pessoas inadimplentes, totalizando R$ 3,6 bilhões em dívidas.
- Caxias do Sul: 151,8 mil pessoas inadimplentes, com dívidas de R$ 747 milhões.
- Canoas: 147,8 mil pessoas inadimplentes, acumulando R$ 912 milhões em dívidas.
- Pelotas: 111,3 mil pessoas inadimplentes, com um total de R$ 618 milhões em dívidas.
- Santa Maria: 100,1 mil pessoas inadimplentes, somando R$ 619 milhões em dívidas.
- Novo Hamburgo: 86,9 mil pessoas inadimplentes, com dívidas de R$ 579 milhões.
- Passo Fundo: 76,9 mil pessoas inadimplentes, acumulando R$ 500 milhões em dívidas.
Fatores contribuintes
A combinação de inflação elevada, juros altos e endividamento das famílias tem impulsionado o aumento da inadimplência no estado.
O indicador da Serasa Experian, que considera títulos protestados, dívidas bancárias e não bancárias, e cheques sem fundo, revela um cenário preocupante e complexo.
Metodologia
O cálculo do indicador da Serasa Experian abrange uma ampla gama de dívidas, incluindo aquelas com bancos, financeiras, lojas, cartões de crédito e prestadoras de serviços como energia elétrica, água e telefonia.
Essa abordagem abrangente permite uma análise mais precisa da situação da inadimplência no Rio Grande do Sul.

© Marcello Casal JrAgência Brasil