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Indignação

Os Politicos negaram na última quarta-feira  a construção de um acordo para livrar o presidente do Senado, José Sarney  e Arthur Virgílio, de processos no Conselho do Senado. O suposto “acordão” foi anunciado em reportagem do jornal “Estado de São Paulo” como também, na mídia nacional. Embora esteja sendo desmentido, todos sabem que o acórdão foi concretizado. Para isso, não encontro outra palavra a não ser: Vergonha. Quanta desfaçatez, quanta falta de dignidade, de moral, de respeito com o povo, e quanto cinismo.

O distanciamento da classe política dos verdadeiros dramas nacionais, com sua  desavergonhada cara de pau é uma afronta ao povo brasileiro. E na deslavada defesa dos seus interesses mais ordinários, causa asco e nojo. Estou com vergonha dos representantes que lá ajudei a colocar. Vergonha de ter sido convencida por palavras macias e promessas falsas, como a grande maioria da população.

Que tipo de lição meus, e  nossos descendentes poderão aprender com a ética que emana das instituições mais altas da sociedade?  A dos deputados federais que protegem e inocentam seus pares? A dos senadores que se protegem e recebem propina, vendem suas consciências e vinculam seus votos a troco de favorecimento pessoal? As crianças brasileiras vão crescer com a noção de que oportunismo e pura  de vergonha na cara servem de trampolim para quem busca se dar bem na vida. Só faltam levantar uma bandeira com os seguintes dizeres: Povo Brasileiro o que vale a partir de agora é a Lei de Gerson.

Saibam os senhores senadores, deputados e outras classes políticas, que os trabalhadores honrados e sofridos do Brasil lhes detestam. Confesso meu sentimento de impotência diante dessa máquina bem azeitada que permite que as oligarquias suguem meu sangue em forma de impostos. Eles são absolutamente nojentos porque enriquecem com o suor de mulheres desdentadas e com os calos do trabalho infantil.

Sem moral, inocentam culpados porque são corporativistas sem honra. Confesso que não sei como reagir ao que foi decidido no Senado. Se em nosso país não engrossar o coro dos descontentes, ficaremos cada vez mais reféns desta corporação que a olhos vistos é antiética e protecionista.

Tenho ímpetos de pesar a mão no que escrevo; usei expressões que não são normais no meu dia a dia. No entanto, estou cansada de ser parte de uma nação que parece apática ao que acontece diariamente no nosso país. Estamos sendo massacrados com os desmandos de quem deveria nos representar com dignidade e respeito. Quero amaldiçoar as estruturas dessa politicagem brasileira que parece fadada ao protecionismo corporativo.

A nação paga salários astronômicos a uma corja política que só se preocupa em defender seus comparsas; isso adoece qualquer ser humano.

E não venham me dizer que é a CLASSE POLITICA que está em declínio, digo a vocês que somos nós, os seres pensantes que observam tudo o que acontece de forma apática e paralisada. Estamos deixando que estes acontecimentos fiquem corriqueiros.

Até quando?

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