Inferno vazio de demônios – Jayme José de Oliveira
PONTO E CONTRAPONTO– por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
INFERNO VAZIO DE DEMÔNIOS
O inferno está vazio de demônios porque eles invadiram a Terra com suas obras malignas: pandemia, negacionismo, racismo, terrorismo, corrupção, sede de poder, de fortuna, etc.
Nos níveis mais profundos do inferno Dante Alighieri (Divina Comédia) identifica os hipócritas e os ladrões no 8º nível e os traidores da pátria e dos amigos no 9º. Escanteiam os amigos, os que os ajudaram a se eleger e evitam medidas para salvar a população. Só o que lhes interessa é inflar o próprio ego (e a bolsa).
Vale a pena lembrar que o demônio sempre se disfarça de anjo, sua primeira natureza.
Este detalhe fundamental pode ser um ponto de partida para qualquer debate sobre as peculiaridades dos humanos. Quem se julga dono da razão peca por orgulho e erra por excesso de confiança. NINGUÉM está de posse da razão absoluta, não haveria mais possibilidade de progresso, teríamos chegado ao pináculo.
Não é assim que os fatos acontecem no percurso da História, a própria Religião queimava vivas as bruxas em fogueiras e o Papa Urbano VIII, num dos maiores equívocos já registrados pelo Vaticano condenou, em 1633, Galileu Galilei ao silêncio que perdurou até 1992, quando o Papa João Paulo II o reabilitou, reconciliando a Igreja com a Ciência. Não são incompatíveis mas coadjuvantes, desde que se acoplem.
“In médio statvirtus” não significa que um lado está certo em detrimento do outro, ao contrário, unidos se aproximam da VERDADE.
Não nos faltam oportunidades, quando aparecem, contudo, é corriqueiro que o “cavalo passe encilhado” e se perca a oportunidade.
Após 180 anos, desde a Proclamação da Independência até 2002,a dívida do Brasil atingiu R$ 852 bilhões, foi o que Lula herdou após Itamar-FHC dominarem a inflação, que em 1993 atingira o catastrófico índice de 3.752% anual. Tinha a faca e o queijo na mão para deslanchar o Brasil e sedimentar uma hegemonia duradoura.
Em 16 anos, resultado de uma desastrosa série de obras executadas no exterior, entre as quais o Porto Mariel (Cuba), financiadas pelo BRDE com juros subsidiados, catapultou para R$ 4,25 trilhões. Nós, nossos filhos e netos pagaremos vertendo sangue, suor e lágrimas.
O desgaste do PT foi de tal monta que Bolsonaro foi eleito mais devido ao sentimento anti-PT que qualquer outro motivo.
E caiu no colo do novo presidente a pandemia Covid-19. Um empenho em combatê-la com investimento maciço em vacinas, máscaras, distanciamento social e outras atitudes baseadas na ciência impediriam grande parte das 300 mil mortes ocorridas. Em vez disso, cloroquina e outras terapia inócuas precipitaram o caos e o desespero toma conta da nação que, em filas imensas buscam desesperadamente a única chance de sobreviver: a VACINA.
Qual será o mote da próxima campanha?
ADIVINHEM!
O ex-presidente Lula lançou mão da pandemia do novo coronavírus, que provoca a covid-19 para atacar o governo Bolsonaro. “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem e que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do coronavírus… somente o Estado pode resolver isso”, afirmou.
“Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo”. (Bolsonaro, 04/03/20210)
https://www.youtube.com/watch?v=8mt7F6mLwBI
POSFÁCIO
Esta coluna sugere um estado de espírito derrotista, um desânimo onipresente? Pelo contrário, o primeiro passo para sair do atoleiro é abrir os olhos para a realidade e se revoltar (no bom sentido) contra o que fizeram, estão fazendo e pretendem continuar fazendo.
Os brasileiros não merecem continuar como joguetes de interesses espúrios que visam alavancar objetivos escusos e egoístas. Não merecem servir de massa de manobra para que “iluminados” joguem uma macabra disputa de poder, um embate de “nós” contra “eles” no qual os perdedores são sempre os mesmos, os cidadãos honestos, enquanto “ELES” se locupletam alternadamente.
BASTA!
Basta de sermos “bucha de canhão” numa luta que não nos leva a nada. Aliás, leva, sim! Ao caos, à desesperança, ao túmulo. Desta vez, devido à pandemia mal administrada, LITERALMENTE.
Está na hora de reagir, de parar de sermos usados como bucha de canhão, repito.
Que passemos a ter altivez, que nos sobre paciência, que não nos falte ESPERANÇA.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado