Inverno 2024: transição de El Niño para La Niña e o que esperar - Litoralmania ®
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Inverno 2024: transição de El Niño para La Niña e o que esperar

O inverno climático teve início em 1º de junho e se estenderá até 31 de agosto, enquanto o inverno astronômico, que começa com o solstício, inicia nesta quinta-feira, 20 de junho, às 17h51.

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Este período marca a transição do El Niño recém-terminado para a La Niña, prevista para ocorrer mais tarde neste ano.

Conforme a última atualização do Centro de Previsão Climática (CPC) da NOAA, a La Niña tem 65% de chance de se instalar entre julho e setembro.

Atualmente, a temperatura da superfície do mar na região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, registra uma anomalia de 0,0ºC, indicando neutralidade absoluta.

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O inverno de 2024 começará sob condições de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial, que devem persistir durante grande parte da estação.

No entanto, um evento de La Niña pode se estabelecer no final do inverno. Esse período é marcado pelo frio mais intenso do ano no Centro-Sul do Brasil, frequentemente sob a influência de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, que trazem massas de ar muito gelado para a região.

Sob a influência desses ciclones, é comum os gaúchos experimentarem o vento Minuano, sensação térmica negativa, geada e, ocasionalmente, neve.

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Inverno 2024: transição de El Niño para La Niña e o que esperar

Contudo, dias quentes podem ocorrer em qualquer mês do inverno, especialmente em agosto e setembro.

A mudança abrupta de períodos quentes para frios pode resultar em temporais severos com vento forte e granizo, especialmente quando há a presença de uma corrente de jato de baixos níveis, que traz ar quente e vento Norte intenso antes da chuva e dos temporais.

Essas correntes de vento quente, comuns antes da chegada de uma frente fria intensa, podem elevar as temperaturas mesmo à noite.

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Em casos extremos, podem ocorrer tornados, como já observado em diversos invernos passados.

Agosto e setembro são os meses com maior risco de temporais e episódios de tempo severo, com um aumento histórico na frequência de tempestades de granizo e vendavais.

O Rio Grande do Sul pode enfrentar ventos muito fortes, com rajadas acima de 100 km/h no Sul e Leste do estado, causadas por intensos ciclones acompanhando massas de ar frio.

Esses ventos podem provocar grandes ressacas marítimas no litoral.

Em anos de Pacífico mais frio, como previsto para os próximos meses, há menos temporais, mas os que ocorrem tendem a ser muito intensos devido ao encontro tardio de massas de ar frio com ar quente de fim de inverno e primavera. Sob La Niña, há uma maior frequência de granizo, especialmente em agosto e setembro.

Chuva no Inverno:

O inverno é o período mais chuvoso do ano no Rio Grande do Sul, juntamente com a primavera, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil é a época mais seca.

Modelos internacionais indicam precipitação abaixo ou muito abaixo da média nos estados do Sul, mas a MetSul Meteorologia prevê chuva perto ou acima da média no Rio Grande do Sul e algumas áreas de Santa Catarina.

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Apesar disso, é improvável que o inverno no Rio Grande do Sul seja tão chuvoso quanto maio ou a segunda metade de junho. Julho e agosto devem ter períodos mais prolongados de tempo firme, com aumento das precipitações em setembro.

O padrão de temperatura acima da média, que acompanhou os eventos extremos de chuva e enchentes de 2023 e do início deste ano, continuará presente, aumentando o risco de novos episódios de chuva volumosa no inverno.

No Centro-Oeste e Sudeste, a tendência é de chuva abaixo da média, mantendo o número elevado de queimadas, especialmente no Pantanal e no interior de São Paulo e Cerrado.

No Sul da Amazônia, espera-se um aumento significativo de queimadas, com a fumaça se espalhando para o Sul e Sudeste do Brasil.

Temperatura no Inverno:

Historicamente, junho e julho são os meses mais frios do inverno no Centro-Sul do Brasil, enquanto agosto e setembro tendem a ser mais quentes.

Episódios de calor intenso, com temperaturas perto ou acima de 35ºC, são comuns antes de eventos de tempo severo, corroborando a percepção popular de que calor no inverno antecede tempestades.

A alternância de calor e frio é mais acentuada em agosto e setembro, levando a mudanças bruscas de temperatura com vento e tempestades severas, prejudicando a fruticultura devido às oscilações extremas de temperatura.

A expectativa é de um inverno com temperaturas acima da média na maior parte do Brasil, especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Norte e Noroeste do Paraná, e interior de São Paulo.

Embora o inverno gaúcho não seja rigoroso, alguns dias de frio intenso estão previstos, mas serão pontuais.

Com o resfriamento do Pacífico, aumenta o risco de frio tardio no final da estação e início da primavera.

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