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La Niña retorna: como o fenômeno afetará o Rio Grande do Sul?

La Niña deverá ser oficialmente configurada no Pacífico, segundo a MetSul Meteorologia, após meses de expectativa. O fenômeno, que influencia o clima global, terá efeitos significativos no Rio Grande do Sul e em todo o Sul do Brasil.

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A NOAA, agência de tempo e clima dos Estados Unidos, deve anunciar oficialmente o evento nos próximos dias, consolidando um padrão climático que promete mudanças drásticas nos próximos meses.

Impactos esperados no RS e no Sul do Brasil

No Rio Grande do Sul, La Niña poderá trazer períodos de chuvas abaixo da média e irregularidade hídrica, especialmente no Oeste e Sul do estado.

A MetSul alerta para o risco médio a alto de déficit hídrico nos próximos 30 a 60 dias, o que pode prejudicar a agricultura e reduzir a produtividade em várias regiões.

Apesar das chuvas ocorridas no final de 2024, que ajudaram a manter a umidade do solo, o verão promete desafios.

A estiagem, típica desse fenômeno, aumenta a probabilidade de ondas de calor extremo, além de favorecer o ingresso de massas de ar frio, que podem ser tardias no início do evento e precoces no outono seguinte.

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Fenômeno global e sua influência no clima

A La Niña provoca o resfriamento das águas do Pacífico tropical, com temperaturas pelo menos 0,5 °C abaixo da média histórica.

Essas condições afetam a circulação atmosférica, fortalecendo os ventos alísios e deslocando a chuva para a Indonésia, enquanto reduz a precipitação no Pacífico central e em partes do Brasil. Em escala global, o fenômeno contribui para a redução temporária do aquecimento planetário.

A NOAA identificou no boletim de 11 de dezembro a temperatura da superfície do mar em níveis condizentes com La Niña. Assim, o padrão climático já está influenciando o Brasil, com previsão de chuvas intensas no Nordeste e seca no Sul.

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O que esperar nos próximos meses?

Com o avanço de La Niña, a previsão para janeiro inclui:

  • Déficit de chuva no Sul do Brasil, impactando a agricultura.
  • Aumento da chuva no Nordeste, uma característica clássica do fenômeno.
  • Probabilidade de eventos extremos, como ondas de calor e massas de ar frio tardias.

Embora o impacto seja negativo em alguns setores, especialmente na agricultura do RS, o fenômeno também representa uma oportunidade de planejamento para minimizar os prejuízos. Acompanhar atualizações meteorológicas será essencial nos próximos meses.

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