Lavagem de dinheiro no Litoral Norte envolvia “laranjas” e frota de veículos

Lavagem de dinheiro no Litoral Norte: Polícia Civil deflagra Operação Argos e revela detalhes de esquema de lavagem de dinheiro que se estendia por várias cidades do Rio Grande do…
Lavagem de dinheiro no Litoral Norte envolvia "laranjas" e frota de veículos

Lavagem de dinheiro no Litoral Norte: Polícia Civil deflagra Operação Argos e revela detalhes de esquema de lavagem de dinheiro que se estendia por várias cidades do Rio Grande do Sul, inclusive em Imbé, no Litoral Norte gaúcho.

A ofensiva, coordenada pela Delegacia de Polícia de Esteio, foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (12) e mobilizou agentes em diversas localidades, incluindo Cachoeirinha, Canoas, Sapucaia do Sul e a cidade litorânea de Imbé, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

No total, a Polícia Civil executou oito mandados judiciais em seis endereços distintos, com foco em desmantelar uma rede criminosa envolvida na ocultação de patrimônio obtido por meios ilícitos, especialmente por meio de roubo de cargas e veículos.

A investigação identificou três principais suspeitos: um homem de 42 anos com vasta ficha criminal, sua companheira e um terceiro indivíduo que teria atuado como “laranja” no processo de blindagem dos bens adquiridos com dinheiro sujo.

Lavagem de dinheiro no Litoral Norte

As investigações tiveram início após a apreensão de um automóvel vinculado a uma ocorrência de roubo, registrada em outubro de 2024.

O verdadeiro proprietário do veículo, um dos investigados, compareceu à delegacia para solicitar sua devolução, apresentando uma procuração datada após o crime, o que despertou a suspeita dos agentes.

O terceiro investigado admitiu ter emprestado seu nome para o registro do carro, alegando ter sido convencido pela mulher do criminoso, que dizia gerenciar uma frota de veículos para aluguel e não queria mais bens em seu nome.

Empresa de fachada em operação desde 2018

As investigações aprofundaram-se e revelaram que a mulher do investigado mantinha uma empresa fantasma, criada em 2018, com o objetivo de lavar o dinheiro oriundo dos roubos praticados pelo companheiro.

O modo de operação envolvia a aquisição de automóveis com recursos provenientes de crimes.

Posteriormente, esses veículos eram alugados a terceiros, gerando receitas que, aparentemente, pareciam lícitas.

Esses valores eram então inseridos no fluxo financeiro da empresa, dificultando a identificação da origem ilícita dos recursos.

Preso até janeiro e agora alvo de nova investigação

O principal suspeito esteve preso entre abril de 2021 e janeiro de 2024, quando obteve o benefício da prisão domiciliar.

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Entre os itens apreendidos durante a Operação Argos, destacam-se diversos aparelhos celulares e documentos, que serão periciados para aprofundar a apuração.

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