Leite gaúcho não oferece risco à população, garante coordenador do Prodelact
Segundo Bitencourt, o que pode haver, embora não tenha uma verificação oficial, é a adição de água no leite, o que configuraria uma fraude econômica, sem risco à saúde das pessoas. “Podemos garantir que não há comprovação alguma de existência de leite contaminado no Rio Grande do Sul”, reforça.
O coordenador do Prodelact explica que o leite que não passa pela indústria formal, com fiscalização estadual ou federal, “pode e deve estar sendo usado no pequeno comércio do interior gaúcho, em indústrias municipais ou distribuído diretamente à população”, relata. “Mesmo assim, sem risco maior de contaminação”, assegura.
De janeiro a julho deste ano, o Rio Grande do Sul produziu 1,3 bilhões de litros de leite fiscalizados, um acréscimo de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A tendência é fechar o ano com 20% de incremento na produção de leite gaúcha.
“Safra do leite”
Sobre a queda no preço do produto nos últimos 15 dias, Bitencourt diz que não há surpresa. “É um movimento normal, cíclico, que tem a ver com a 'safra do leite', vivida a partir de agora até o final do ano”, informa. O aumento das pastagens e uma certa diminuição do consumo, com a proximidade do verão, quando as pessoas consomem outras bebidas (como sucos, refrigerantes e cervejas), acarretam uma pequena diminuição nos preços. “Isso pode mudar a qualquer momento e a tendência é de alta dos preços depois de dezembro”, projeta.