Vida & Saúde

Leite gaúcho não oferece risco à população, garante coordenador do Prodelact

Depois de receber uma série de relatos de pessoas que estão com receio de tomar leite, pela possibilidade de contaminação, o coordenador do Prodelct (Programa Estadual para o Desenvolvimento do Setor Lácteo do Rio Grande do Sul), Darcy Bitencourt, garante: “O leite gaúcho é bom, de excelente qualidade e não oferece risco à população”. “Não há risco comprovado de contaminação. Isso é uma bobagem”, afirma o técnico da Embrapa, que atua na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa). A dúvida sobre a qualidade do leite foi criada após denúncia sobre possíveis irregularidades feitas pelo superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, Francisco Signor.

Segundo Bitencourt, o que pode haver, embora não tenha uma verificação oficial, é a adição de água no leite, o que configuraria uma fraude econômica, sem risco à saúde das pessoas. “Podemos garantir que não há comprovação alguma de existência de leite contaminado no Rio Grande do Sul”, reforça.

O coordenador do Prodelact explica que o leite que não passa pela indústria formal, com fiscalização estadual ou federal, “pode e deve estar sendo usado no pequeno comércio do interior gaúcho, em indústrias municipais ou distribuído diretamente à população”, relata. “Mesmo assim, sem risco maior de contaminação”, assegura.

De janeiro a julho deste ano, o Rio Grande do Sul produziu 1,3 bilhões de litros de leite fiscalizados, um acréscimo de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A tendência é fechar o ano com 20% de incremento na produção de leite gaúcha.

“Safra do leite”
Sobre a queda no preço do produto nos últimos 15 dias, Bitencourt diz que não há surpresa. “É um movimento normal, cíclico, que tem a ver com a 'safra do leite', vivida a partir de agora até o final do ano”, informa. O aumento das pastagens e uma certa diminuição do consumo, com a proximidade do verão, quando as pessoas consomem outras bebidas (como sucos, refrigerantes e cervejas), acarretam uma pequena diminuição nos preços. “Isso pode mudar a qualquer momento e a tendência é de alta dos preços depois de dezembro”, projeta.

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