Litoral é alvo de operação nacional contra o tráfico e armas ilícitas.
Polícia Civil participa da 2ª Renorcrim e reforça o combate ao crime organizado em uma megaoperação nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Entre os dias 18 de abril e 2 de maio, unidades especializadas das 27 Polícias Civis do país, incluindo o Distrito Federal, uniram forças na 2ª edição da Renorcrim (Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas), com o objetivo de prender lideranças, capturar foragidos e descapitalizar organizações criminosas.
A operação foi comandada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), setor ligado à Senasp, e mobilizou Delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Dracos) em diversas regiões do Brasil.
Incluindo a ativa participação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que cumpriu ordens judiciais em municípios como Soledade, São Leopoldo, Cruz Alta, Xangri-lá, Rio Grande, Tapera, e em áreas estratégicas como o Litoral Norte, Vale dos Sinos, região Metropolitana e região das Hortênsias.
No Rio Grande do Sul, a mobilização resultou no cumprimento de mais de 100 ordens judiciais entre mandados de prisão, busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias, prisões em flagrante e a detenção de foragidos com posições de liderança no crime organizado.
As ações foram embasadas em estratégias de inteligência integradas entre as forças estaduais e federais, reforçando o alinhamento nacional no combate ao crime.
Pela Draco de São Leopoldo, foram cumpridas 15 ordens relacionadas ao grupo que praticava extorsões de dentro do sistema penitenciário em uma investigação que durou, aproximadamente, seis meses.
Contas bancárias também foram bloqueadas.
Litoral é alvo de operação nacional
A Draco de Xangri-lá cumpriu nove ordens de busca e apreensão e cinco prisões em diversos municípios em investigação relacionada a organização criminosa que atua no tráfico de drogas e armas ilícitas.
No município de Tapera, pela Draco de Soledade, foram cumpridas seis ordens judiciais com relação ao grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas da região.
Duas pessoas foram presas em flagrante.
Já a investigação da Draco de Cruz Alta desmantelou a organização criminosa voltada à lavagem de capitais, oriundos do crime de tráfico de drogas que movimentou mais de R$ 40 milhões de reais, utilizando-se de empresas e pessoas físicas para ocultar a origem dos valores.
Foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva em quatro estados brasileiros.
De acordo com o secretário da Senasp, Mario Sarrubbo, ações dessa natureza demonstram a capacidade dos órgãos de segurança pública de atuarem em conjunto para o bem estar da população
“Dessa maneira, conseguimos desarticular as estruturas operacionais e financeiras das organizações criminosas, atingindo seu núcleo de sustentação”, explica Sarrubbo.
Segundo ele, o sufocamento financeiro, aliado à prisão de lideranças e à apreensão de armas e de drogas, é essencial para enfraquecer essas organizações e reduzir o poder delas na sociedade.
Em todo o território nacional, os resultados foram expressivos: 565 mandados de busca e apreensão cumpridos, 541 prisões realizadas, confisco de R$ 29 milhões em ativos ligados a organizações criminosas, apreensão de 110 armas de fogo e a retirada de 1,5 tonelada de drogas das ruas.
O impacto financeiro total para os grupos criminosos pode ultrapassar R$ 67 milhões, gerando um prejuízo direto de pelo menos R$ 35,3 milhões às atividades ilegais.
A Renorcrim se consolida como uma ferramenta essencial na articulação entre as Polícias Judiciárias do Brasil, demonstrando eficiência, integração e poder de resposta frente à criminalidade complexa e estruturada.
A operação reforça o compromisso das forças de segurança em atingir a liderança das facções criminosas, enfraquecendo suas estruturas financeiras e operacionais por meio de ações coordenadas e simultâneas em todos os estados.