Litoral Norte do RS tem 2 locais entre os mais contaminados por microplástico no país
De acordo com a Expedição Ondas Limpas, realizada pela Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, Arroio do Sal e Mariluz, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, estão entre as localidades mais poluídas por microplásticos no Brasil.
O estudo, que percorreu 201 municípios ao longo da costa brasileira, apontou que Arroio do Sal ocupa a quarta posição entre as cidades com maior densidade de microplásticos, registrando uma média de 43 partículas por metro quadrado.
Já a praia de Mariluz, em Imbé, aparece em quinto lugar entre as praias mais contaminadas, com uma média de 51 partículas de microplástico por metro quadrado.
Ranking das Cidades Mais Poluídas:
- Mongaguá (SP): 83 partículas por m²
- Conceição da Barra (ES): 44 partículas por m²
- Florianópolis (SC): 43 partículas por m²
- Arroio do Sal (RS): 43 partículas por m²
- Natal (RN): 39 partículas por m²
Ranking das Praias Mais Poluídas:
- Pântano do Sul, Florianópolis (SC): 144 partículas por m²
- Praia do Centro, Mongaguá (SP): 83 partículas por m²
- Praia do Rizzo, Florianópolis (SC): 78 partículas por m²
- Praia do Botafogo, Rio de Janeiro (RJ): 55 partículas por m²
- Praia de Mariluz, Imbé (RS): 51 partículas por m²
Apesar do cenário preocupante, o município de Santa Vitória do Palmar, também no Rio Grande do Sul, foi citado entre as cidades com menor densidade de macroresíduos plásticos, com apenas 0,02 resíduos por metro quadrado.
Estudo Inédito Aponta Praia de Florianópolis como a Mais Poluída do Brasil; Plástico é Detectado em Toda a Costa
A Praia de Pântano do Sul, localizada no sul de Florianópolis, foi identificada como a mais poluída do Brasil em um estudo realizado pela Expedição Ondas Limpas, projeto conduzido pela Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP.
O levantamento analisou 306 praias em todo o litoral brasileiro e constatou que Pântano do Sul possui os maiores índices de contaminação por resíduos plásticos.
O estudo, que percorreu 201 municípios brasileiros “do Chuí ao Oiapoque”, revelou a presença de plásticos em todas as praias analisadas.
Foram identificados tanto microresíduos (partículas plásticas microscópicas) quanto macroresíduos (itens maiores como sacolas, canudos e tampas de garrafa), evidenciando o grave impacto da poluição plástica ao longo dos 7 mil quilômetros da costa do Brasil, uma área equivalente a 22 campos de futebol.
Dos resíduos encontrados, 91% eram plásticos, sendo que 61% eram itens descartáveis, como tampas de garrafa, e 17% estavam relacionados à pesca, como linhas de nylon.
A bituca de cigarro foi o microplástico mais encontrado, aparecendo em um a cada 12 microplásticos analisados. Ao todo, foram identificados 72 mil macroresíduos e 16 mil microplásticos em todo o litoral brasileiro.
Na praia de Pântano do Sul, a concentração foi alarmante: em apenas 1 metro quadrado, o estudo detectou 17 macroresíduos e 144 partículas de microplásticos.
Praias isoladas e protegidas também foram fortemente impactadas por resíduos plásticos de uso único, como tampas de garrafas e canudos.
O relatório completo da Expedição Ondas Limpas está disponível no site da Sea Shepherd Brasil, e a organização prevê a publicação de um artigo científico detalhado em breve.
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