Litoral registra maior alta nos preços de alimentos no RS
Em setembro, o Litoral do Rio Grande do Sul apresentou a maior alta nos preços dos alimentos em todo o estado, com um aumento de 2,2% no Preço da Cesta de Alimentos da Receita Estadual (PCA-RE).
O indicador, que acompanha a variação de 49 produtos essenciais ao consumo, registrou o valor de R$ 254,09 para a região, mesmo que ainda se mantenha entre as quatro menores médias do Estado.
O resultado foi divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), que também apontou que o patamar de preços no estado como um todo está 4% acima do registrado em abril, quando as enchentes ainda não haviam impactado a logística e a produção de alimentos.
No balanço geral, o PCA-RE fechou em R$ 257,31 no mês de setembro, com uma leve alta de 1,18% em relação a agosto. Embora o número seja 3% menor do que o pico registrado em junho, os preços ainda refletem os desafios logísticos pós-inundações.
A Região Metropolitana de Porto Alegre (Delta do Jacuí) também apresentou aumento, embora de forma mais tímida, com 1%.
Por outro lado, algumas regiões gaúchas experimentaram quedas nos preços dos alimentos.
Campanha, por exemplo, teve a maior redução entre os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), com uma queda de 3,5%, fechando o mês em R$ 259,55.
As Hortênsias, tradicionalmente uma das regiões com a cesta mais cara do estado, registraram uma queda de 2,8%, ficando em R$ 290,27.
Entre os grupos de produtos analisados, as hortaliças continuam apresentando as maiores quedas, com um acumulado de 31,6% entre janeiro e setembro.
Já os laticínios lideraram as altas no mesmo período, subindo 21,5%.
Comparando os meses de agosto e setembro, o grupo das frutas foi o que teve a maior variação positiva, com uma alta de 6,3%.
A batata-inglesa e a cebola também registraram quedas significativas, enquanto a bergamota e o café moído foram os produtos com as maiores altas.
O preço do pão francês se manteve estável em setembro, enquanto o pão de forma teve uma queda, alcançando o menor valor desde fevereiro.
O segmento de carnes também seguiu estável, com destaque para a carne moída de primeira, que manteve o menor preço do ano em R$ 36,90 o quilo. Em contrapartida, o coxão-de-dentro subiu 2%, atingindo o maior valor de 2024.
O Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual, divulgado mensalmente, oferece uma visão detalhada dos preços médios dos alimentos em cada região do Rio Grande do Sul, facilitando o acompanhamento dos impactos nos preços por parte da população.
Em breve, a Secretaria da Fazenda permitirá o acompanhamento diário dessas variações, oferecendo mais transparência sobre as flutuações dos preços.
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