Litoral tem novos focos de gripe aviária: dezenas de animais mortos
Dois novos focos de contaminação por gripe aviária em animais marinhos no RS estão sob investigação.
As suspeitas foram registradas em São José do Norte, no litoral Sul, e em Torres, no Litoral Norte.
Na semana passada, dezenas de animais marinhos foram encontrados mortos ou doentes em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.
Até o momento, não há registros em humanos ou na avicultura gaúcha.
Reunião com municípios litorâneos orienta sobre protocolos para casos suspeitos de gripe aviária
A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) participou de reunião nesta segunda-feira (9/10) com prefeituras litorâneas do estado, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e as secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES).
Na pauta, orientações gerais de protocolos a serem adotados com o avistamento de animais marinhos com sintomas de influenza aviária de alta patogenicidade, a H5N1.
Na semana passada, o Estado teve dois focos da doença confirmados, em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, com a infecção detectada em leões-marinhos e lobos-marinhos.
Foram os primeiros casos identificados da H5N1 em mamíferos no Rio Grande do Sul.
“A influenza aviária é uma pauta interdisciplinar, todos os órgãos públicos têm sua parcela de importância e devemos contribuir junto com os municípios.
É importante que todos os municípios sejam mobilizados, porque não sabemos por onde os animais marinhos vão chegar”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares.
Representantes dos municípios das faixas do litoral norte e sul do Estado solicitaram orientações quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) de suas equipes locais, protocolos para o enterrio dos animais mortos e para a desinfecção das retroescavadeiras e outros maquinários utilizados no transporte dessas carcaças.
Dois documentos oficiais já orientam sobre os procedimentos necessários nesses casos: a Instrução Normativa Conjunta Sema/Fepam nº 02/2023 e a Nota Técnica 02/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuária. Adicionalmente, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do estado (Cievs/RS) publicou um Comunicado de Risco, com orientações sobre a enfermidade e como fazer a notificação de casos suspeitos de H5N1 em animais, bem como a notificação de suspeitas de contaminação em humanos.
“Estamos finalizando e será publicado na página da Secretaria da Agricultura um instrutivo com as principais informações sobre o que fazer, com orientações sobre a biossegurança dos operadores, das pessoas que estão manipulando esses animais”, contou Rosane.
O secretário adjunto de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli, destacou que os órgãos municipais têm autonomia para definir o melhor ponto para o enterrio dos animais mortos, por conhecerem a realidade local.
Canais de notificação
Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
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