Lula diz que espera novo PAC após seu mandato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (28) que espera que outro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja lançado após seu mandato para que as obras de infra-estrutura continuem.
“O Brasil, se não for planejado de longo prazo, se pensarmos apenas o mandato da gente, vamos apenas fazer curativos e não uma cirurgia que possa resolver definitivamente os problemas das comunidades que moram nos lugares de maior carência nesse país”, afirmou ao discursar em Osasco (SP), durante a cerimônia de início de obras do PAC em municípios da região oeste de São Paulo.
Lula citou números do PAC e lembrou que o programa prevê cerca de R$ 40 bilhões para obras de saneamento e R$ 106 bilhões para casa própria.
O presidente voltou a dizer que em outros tempos não seria possível que políticos de partidos diferentes – a exemplo dele e do governador de São Paulo, José Serra, que é do PSDB – estivessem juntos em uma cerimônia de lançamento de obras. Lula afirmou que a democracia avança no país e por isso esse tipo de parceria é possível.
“Seria humanamente impossível o governo federal imaginar que poderia fazer tudo para São Paulo sem o governo de São Paulo e os governos federal e estadual pensarem que poderiam fazer as coisas sem as prefeituras dos municípios.”
O presidente Lula visita hoje Osasco e Guarulhos, onde autoriza o início de obras do PAC. As obras englobam projetos de urbanização, como iluminação pública e canalização de córregos, saneamento e construção de unidades habitacionais para realocação de famílias que hoje vivem em áreas de risco.
Em Osasco, além das obras do PAC, o presidente reafirma o compromisso de construir um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Também assina portaria que cria um grupo de trabalho para elaborar estudos sobre os novos cursos que serão oferecidos no campus da instituição. A previsão para o início das aulas é março de 2010.
Lula destacou que mais de 3 mil alunos de Osasco fazem parte Programa Universidade para Todos (ProUni). “Jovens da preferia que não teriam condições de fazer universidade”, ressaltou.