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Maior auto-estima de pretos e pardos reflete no comércio

O aumento na auto-estima da população preta e parda – percebida com o crescimento no percentual da população que se auto-declara em uma dessas categorias: o número passou de 45% para 49,5%, entre 1995 e 2006 – também se reflete no comércio, com uma maior oferta de produtos para esse público.

“Esse sempre foi um segmento muito grande da população brasileira, então, à medida que as pessoas assumem mais essa condição e aumentam o poder aquisitivo, do ponto de vista de negócio, se tornam um segmento de mercado atrativo, pelo volume que representam e pelo poder aquisitivo que vão adquirindo”, explica o coordenador de Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Edson Crescitelli.

De acordo com o professor, apesar de esse ser um mercado com vasta possibilidade de crescimento para as empresas, já é possível perceber a formação de um ciclo, iniciado com o aumento da auto-estima da população negra, a partir de políticas públicas de valorização e do aumento do poder de compra.

“À medida que esse segmento da sociedade demonstra uma auto-estima ou assume essa condição, as empresas começam a prestar atenção nisso, a oferecer produtos específicos para esse segmento e isso reforça a auto-estima, então é um processo que vai se retroalimetando”, descreve.

Crescitelli ressalta que a tendência é se ampliar a oferta, pois existe demanda, especialmente no setor de cosméticos e produtos de beleza. “Ainda é pequena a quantidade de produtos específicos para pessoas com pele mais escura, morena ou mesmo negra”, conclui.

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