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Maldades incompreensíveis – Erner Machado

Ontem, sexta feira vendo, acidentalmente, a RBS filiada a Rede globo, me foi permitido tomar conhecimento de que em uma cidade do Rio Grande do Sul, uma mãe de 25 anos permitia, mediante pagamento antecipado eu sua filha de 1 ano e 8 meses fosse objeto de atos libidinosos e sexuais praticados pelo empresário Geison da Silva Rosa de 41 anos.

E o noticiário da emissora informa que mais três mulheres foram, também, presas por atitudes e procedimentos idênticos, todos, motivados pagamentos em dinheiro.

É difícil para alguém que, como eu, nasceu no século passado acreditar que isto seja verdade.

É difícil para alguém que nasceu nos anos 2.000 e que tem o mínimo de noção do que é, moralmente, certo e errado acredita que isto seja verdade.

Mas, lamentavelmente, para os nascidos no século passado e para os nascidos neste século e que tem o mínimo de discernimento moral, isto é verdade.

Este peão de estância não vai entrar no mérito de porque estas mães fizeram isto, porque não existem razões que possam justificar as atitudes tomadas por elas.

Diante destes fatos me permito, somente, constatar que chegamos como seres humanos – com minúsculas mesmo- ao limite de nossa capacidade sermos inconsequentes e maus.

São meninos, matando professores e colegas de aula, são meninos assaltando, nas sinaleiras e matando as vitimas em caso de resistência, são mães que, junto com amantes -companheiras- , colocam filhos em mochilas e os atiram nos nas aguas do rio que divide Tramandaí e Imbé, são médicos junto com enfermeiras e amantes, matando filhos únicos, são filhas matando pai, mãe e irmãos como fez Susana von Richtofen que está, agora, em liberdade e casada com outra detenta fala, em ter filhos, e construir familia…

Paro o meu texto por aqui, porque se o continuasse os casos a relatar seriam incontáveis e, com certeza, causariam tristezas para mim e para meus poucos leitores.

Continuo mudando um pouco o rumo do texto para afirmar, categoricamente, que estamos como seres humanos possuídos por atitudes inomináveis que nos conduzem para o caminho da incoerência, da barbárie e da loucura.

Estamos possuídos por ódio, por maldade, por leviandades, por ignorância, por friesa, por incapacidade de discernimento, por interesses subalternos e isto nos leva a atos e atitude inomináveis.

Diante desta tragédia comportamental maligna e prenhe de ruindade é impossível não lembra de Castro Alves que, diante do sofrimento e das maldades que sofria o povo da África, disse;

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?

Em que mundo, em que estrela tu te escondes

Embuçado nos céus?

Há dois mil anos te mandei meu grito,

Que embalde desde então corre o infinito…

Onde estás, Senhor Deus?…

Seria Blasfêmia, perguntar onde está Deus que não vê as maldades cruéis praticadas contra inocentes, hoje, no Brasil?

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