Mapa preliminar da 27ª rodada do Distanciamento Controlado tem três regiões classificadas em risco alto
Na rodada em que o modelo de Distanciamento Controlado completa seis meses de vigência, o Rio Grande do Sul volta a ter regiões com alto risco epidemiológico e, também, com baixo risco. O 27º mapa preliminar, divulgado nesta sexta-feira (6/11), traz três regiões em bandeira vermelha (risco alto), 16 regiões em bandeira laranja (risco epidemiológico médio) e duas em bandeira amarela (risco baixo).
As regiões de Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo apresentaram piora nos indicadores e passaram para bandeira vermelha. Nas regiões de Erechim e Bagé, foi percebido o contrário, e ambas ficaram em bandeira amarela neste mapa preliminar.
A macrorregião Missioneira, como um todo, apresentou nesta semana crescimento de 17,86% na ocupação de leitos clínicos por conta do coronavírus, fechando a quinta-feira (5/11) com 99 hospitalizações, o maior patamar dos últimos 30 dias. Em termos de casos confirmados em leitos de UTI, o avanço foi de 5,26%, com 40 pacientes em tratamento intensivo por conta da doença.
Veja o mapa preliminar da 27ª rodada: https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br
No Estado, o grupo de monitoramento constatou estabilidade em todos os indicadores, com variações inferiores a 5%. Como pontos negativos, nos quais os indicadores mostraram piora, estão o número de internados com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em leitos de UTI, que cresceu 3%; o número de óbitos, que aumentou 4%; e a quantidade de leitos livres, queda de 3%.
Contabilizando os pacientes internados por outras causas, nesta semana houve leve aumento no número de leitos de UTI ocupados. Com a manutenção do total de leitos de UTI no Estado, se percebe estabilidade na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 nas últimas quatro semanas.
Das 21 regiões Covid, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado. As outras 18 adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira vermelha podem adotar regras de bandeira laranja, e as classificadas em laranja podem adotar protocolos de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
Os planos regionais aprovados estão disponíveis em https://planejamento.rs.gov.br/cogestao-regional
Paralelamente aos pedidos de cogestão, o Estado aceitará pedidos de reconsideração à classificação de risco, que podem ser feitos via associação regional por meio de formulário eletrônico (pelo link https://forms.gle/tB1itkGVcTgyCAoP8), no prazo máximo de 36 horas após a divulgação do mapa preliminar – até as 6h de domingo (8/11).
A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (9/11), por meio de notícia publicada no site do governo do Estado. A vigência das bandeiras da 27ª rodada começa à 0h de terça-feira (10/11) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (16/11).
Regiões em bandeira vermelha
Com a relação entre leitos livres de UTI e os ocupados por pacientes Covid atingindo classificação específica de bandeira preta, a macrorregião Missioneira concentra as três regiões que aparecem no mapa preliminar em risco alto. Uma delas é a de Santo Ângelo que, além desse fator, apresentou piora em outros indicadores. Com apenas dois leitos de UTI livres neste levantamento (no anterior eram oito), a região viu aumentar de 12 para 17, de uma quinta-feira para outra, o total de pacientes com Covid-19 necessitando de tratamento intensivo.
Santo Ângelo registrou também um salto no total de internações em leitos clínicos de pacientes confirmados com a doença ao longo da última semana: no acumulado são 43 registros, ante 27 da semana anterior. Na quinta-feira (5/11), Santo Ângelo tinha 33 pessoas em leitos clínicos. Eram 22 na semana anterior.
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Com quadro muito semelhante, Ijuí aparece na classificação de bandeira vermelha. Nessa rodada, a região ampliou os registros de internação em leitos clínicos ao longo da semana para 33 casos, quando na soma anterior eram 24. Na quinta (5/11), 30 pacientes confirmados com a doença seguiam internados, três a mais do que no levantamento da rodada anterior. Houve ligeira redução de sete para seis pacientes com Covid-19 ocupando leitos de UTI, porém ao atingir seis óbitos nos últimos sete dias (mesmo número de Santo Ângelo), a região ficou com bandeira preta nesse indicador.
Igualmente impactada pela situação macrorregional, a região de Cruz Alta ingressa na bandeira vermelha depois de apresentar, na quinta (5/11), um total de 28 casos de Covid internados em leitos clínicos. No monitoramento da semana anterior, eram 22 pacientes. Especificamente na região, houve estabilização na quantidade de leitos livres de UTI, que permanecem em 10 unidades, como na semana anterior. Os casos de SRAG necessitando de tratamento intensivo permaneceram no patamar de 12 registros.
Regra 0-0
Conforme o mapa preliminar da 27ª rodada, 57 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 681.771 habitantes, o que corresponde a 6% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).
Desses, 29 municípios (117.630 habitantes, 1% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Além disso, do total de 401 municípios em bandeira laranja (10.223.019 habitantes, 90,2% da população do RS), 219 (1.237.830 habitantes, 10,9% da população em bandeira laranja) podem adotar protocolos de bandeira amarela.
Em bandeira amarela, se encontram 39 municípios (424.815 habitantes, 3,7% da população do RS), dos quais 33 (143.636 habitantes, 1,3% da população) não registram óbitos nem hospitalizações.
• Clique aqui e acesse a lista de municípios que se enquadram na Regra 0-0.
RESUMO DA 27ª RODADA
Regiões que apresentaram piora (3):
LARANJA > VERMELHA
Cruz Alta (em cogestão)
Ijuí (em cogestão)
Santo Ângelo (em cogestão)
Regiões que permaneceram iguais (16):
BANDEIRA LARANJA
Cachoeira do Sul (em cogestão)
Canoas (em cogestão)
Capão da Canoa (em cogestão)
Caxias do Sul (em cogestão)
Guaíba
Lajeado (em cogestão)
Novo Hamburgo (em cogestão)
Passo Fundo (em cogestão)
Palmeira das Missões (em cogestão)
Pelotas (em cogestão)
Porto Alegre (em cogestão)
Santa Cruz do Sul (em cogestão)
Santa Maria (em cogestão)
Santa Rosa (em cogestão)
Taquara (em cogestão)
Uruguaiana (em cogestão)
Regiões que apresentaram melhora (2)
LARANJA > AMARELA
Bagé: a região registrou apenas um óbito por Covid-19 nos últimos sete dias. Na quinta-feira (5/11), havia apenas dois casos da doença em leito clínico na região, quando no levantamento anterior eram cinco pessoas. Houve ainda ligeira queda de 10 para nove internações no acumulado dos últimos sete dias. Mesmo com o aumento de três para cinco no total de pacientes com Covid-19 merecendo tratamento intensivo, e recuo de 17 para 13 no número de leitos de UTI livres, Bagé apresentou quadro estável em termos de capacidade de atendimento (incluindo a macrorregião Sul).
Erechim (em cogestão): a região de Erechim aparece com bandeira amarela depois de uma semana na qual teve também o registro de uma morte por conta da doença. Um dos indicadores com nota final de baixo risco é o número de leitos de UTI livres na região, que aumentou de 26 para 31 de uma semana para a outra. No acumulado dos últimos sete dias, Erechim teve o registro de apenas cinco internações em leitos clínicos confirmadas pelo coronavírus, a metade da semana anterior. Na quinta-feira (5/11), eram sete pacientes hospitalizados por Covid-19 – na semana passada, oito.
• Clique aqui e acesse a nota técnica com as justificativas de classificações das regiões.
NÚMEROS DA 27ª RODADA
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 reduziu 5% entre as duas últimas semanas (de 830 para 790);
• número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentou 3% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 712 para 732);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 reduziu 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 768 para 747);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 ficou praticamente estável entre as duas últimas quintas-feiras (de 573 para 568);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS reduziu 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 791 para 767);
• número de casos ativos ficou praticamente estável, aumentando 2% entre as duas últimas semanas (de 13.061 para 13.277);
• número de óbitos por Covid-19 aumentou 4% entre as duas últimas quintas-feiras (de 211 para 220).
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (237), Caxias do Sul (68), Passo Fundo (63), Canoas (49), Capão da Canoa (47) e Novo Hamburgo (44).
Comparativo: situação entre 9 de outubro e 5 de novembro
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 aumentou 32% no período (de 598 para 790);
• número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) reduziu 4% no Estado no período (de 760 para 732);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS aumentou 11% no período (de 674 para 747);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 2% no período (de 580 para 568);
• número de casos ativos aumentou 29% no período (de 10.302 para 13.277);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 12% no período (de 687 para 767);
• número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias reduziu 13% no período (de 254 para 220).
Clique aqui e acesse o levantamento completo da 27ª rodada do Distanciamento Controlado.
Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom