Marca d´água em imagens pode combater roubo de marca registrada
Uma nova tecnologia do renomado Instituto Fraunhofer, na Alemanha, pode ajudar companhias a proteger imagens de seus produtos de serem roubadas por grupos que tentam promover imitações baratas.
O Instituto de Sistemas de Informação e Publicação Integrada Fraunhofer (do inglês, IPIS), uma dos 58 grupos dentro do instituto alemão de pesquisa aplicada, desenvolveu uma tecnologia de marca d´água em imagens digitais e um sistema de buscas que localiza violadores de marcas registradas na web, disse o porta-voz do grupo Michael Kip, nesta quarta-feira.
“No próximo mês, teremos nosso primeiro usuário”, disse Kip, afirmando que não pode mencionar seu nome ainda.
O sistema permite que companhias com marcas populares, como a Cartier International ou a Sony, integrem marcas d´água em suas imagens e, com a ajuda do buscador, localizem usuários que violem direitos autorais.
A tecnologia promove pequenas mudanças na cor, contraste e brilho dos arquivos. As mudanças, feitas em pequenas áreas da imagem, são invisíveis ao olho humano.
“As marcas d´água mudam essencialmente a relação de pixels”, disse Kip. “As próprias marcas não podem ser mudadas mesmo se a imagem for aumentada, reduzida, cortada e mudada de qualquer maneira”.
O agente de buscas procura a internet por imagens com a marca d´água e lista sites que as carreguem, permitindo que donos das imagens confirmem o uso autorizado.
O software necessário para integrar marcas d´água já está disponível e é relativamente fácil de usar, de acordo com Kip. Mas o agente de buscas, disse, é mais complexo, precisando de configurações individuais.
No começo do ano, o Fraunhofer IPIS demonstrou um sistema de marca d´água que ajudaria a impedir a crescente pirataria no mercado de música online. O sistema foi desenvolvido para rastrear arquivos de som em redes de compartilhamento P2P.
A aplicação da tecnologia na pirataria de música também é foco do Instituto Fraunhofer de Circuitos Integrados (do Inglês, IIC), criador do algoritmo MPEG-1 Layer 3, reduzido posteriormente para MP3, o que ajudou inadvertidamente à cópia ilegal de músicas online.