Educação

Martha Medeiros participa de bate papo na 22º Feira do livro de Osório

“Escrever é uma arte”. Afirmou a escritora Martha Medeiros ontem à tarde num bate papo descontraído na Praça da Catedral. Martha participou da 22º Feira do livro de Osório para fazer uma sessão de autógrafos do seu novo livro chamado “Tudo que eu queria te dizer”.

Com o evento lotado, a escritora parecia se sentir bem a vontade com o público, muito alegre, extrovertida e atenciosa, conversou com todos respondendo perguntas e falando de sua trajetória. Falou do texto na Internet, de como é bom ter essa ferramenta mas também perigoso.

“Quando alguém escreve alguma coisa, gosta que seja reconhecida pelo público ao qual se dirige sua publicação”. Afirmou ela. Porém não é isso que acontece, pois pela Internet o maior problema está justamente nos créditos que muitas vezes não são colocados ou dados à outra pessoa que não a autora verdadeira do texto.

Existem variedades imensas de livros, que qualquer pessoa pode ler, mas o certo é ter critérios, um deles se adequar à idade da pessoa a leitura que está fazendo. A colunista exemplificou que não adianta dar José de Alencar para uma criança de 12, 13 anos ler que vai achar chato. O livro tem que estar adequado à linguagem da pessoa que vai ler a obra. Ela conta que aos 15 anos foi obrigada pela escola, para fazer uma prova, a ler Dom Casmurro (Machado de Assis) “Foi uma coisa muito chata de ler. Eu li a obra novamente com 30 anos e adorei”. Relatou Medeiros.

Como conseguir espaço na mídia e reconhecimento do público? Para a jornalista, o que devemos ter é persistência e humildade para alcançar esses dois objetivos. Uma história de seu inicio como escritora, e boa para quem queira começar a escrever, foi que ela gostava de escrever e uma vez resolveu mandar os textos para um editor, ele respondeu dizendo que aquele tipo de texto (poesia) não vendia, que não era uma boa. Martha não desistiu, após seis meses mandou mais textos e após um ano enviando, o mesmo editor que naquela ocasião disse que poesia não vendia, resolveu publicar seus textos.

Quando a Jornalista senta para escrever diz que faz uma reflexão sobre sua vida, que escreve primeiramente para si mesma, respeitando suas opiniões, nunca vai escrever algo que não concorde para agradar um leitor. Depois que os critérios pessoais já pesaram, ai sim ela pensa no leitor.

Martha Medeiros começou a ter o gosto pela leitura desde pequena. “Eu ‘tropeçava’ em livros em minha casa” disse ela.

Após o bate papo foi dado o início dos autógrafos do livro “Tudo que eu queria te dizer” que é uma coletânea de cartas fictícias, onde a escritora incorpora vários personagens. Poe-se na pele de um idoso, de uma dona de casa, de um médico, enfim de vários tipos de pessoa de nossa sociedade. Vivencia no mundo das palavras um pouquinho de cada cidadão e seu cotidiano. O livro você encontra no próprio evento e nas livrarias. A feira do Livro vai até amanhã na Praça da Catedral.

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