Massa de ar frio tardia
A massa de ar frio tardia está prestes a invadir o Sul do Brasil e avançar para o Sudeste, trazendo uma onda de frio atípica para o mês de outubro.
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Esse fenômeno ocorre bem depois do fim do inverno astronômico (em torno de 22 de setembro) e já mais de 45 dias após o início da chamada primavera climatológica (1º de setembro).
Embora massas de ar frio tardias não sejam inéditas — especialmente durante outonos prolongados ou em contextos de resfriamento maior do Pacífico Equatorial — elas costumam ter menor duração e intensidade do que as incursões típicas do meio do inverno.
As quedas de temperatura costumam se concentrar nas madrugadas e nas regiões de altitude.
A meteorologia aponta que uma frente fria avançará entre sábado e domingo pelo Sul, Centro-Oeste e Sudeste, gerando instabilidade com chuva, ventos fortes e, em alguns casos, granizo. Na retaguarda, a massa fria se desloca, com possibilidade de mínimas acentuadas em pontos serranos.
🌀 Como será o avanço do frio pelo país
Sábado: RS já começa a sentir o frio e ventos intensos
A partir de sábado, o Rio Grande do Sul será o primeiro a ter sinais do ingresso da massa fria, com ventos entre 40 km/h e 70 km/h em várias cidades, e rajadas ainda mais fortes localmente. À medida que a frente fria acelera seu deslocamento para norte, o ar gelado dominará o Sul já no decorrer do dia.
Domingo: frio alcança Sudeste e Centro-Oeste
No domingo, estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo sentirão o declínio térmico. As madrugadas amanhecerão geladas, e a presença de sol durante o dia não impedirá que as mínimas fiquem bem baixas.
Segunda e terça: marcas próximas ou abaixo de 5 °C
A segunda-feira tende a trazer frio generalizado, com madrugadas com menos de 10 °C em muitas cidades do Sul e o interior do Sudeste. Em regiões serranas — como os Campos de Cima da Serra (RS), planaltos de SC e Paraná —, não se descarta geada e mínimas entre 0 °C e 3 °C em baixadas. Na terça-feira, o frio se mantém forte nos locais de maior altitude.
Quarta e quinta: enfraquecimento gradual
No meio da semana, o ar frio começará a perder intensidade, e as mínimas subirão gradualmente. Mesmo assim, regiões mais altas ainda podem registrar temperaturas bastante baixas, especialmente à noite e nas primeiras horas da manhã.
🏔️ Regiões de maior risco: áreas serranas e fundos de vale
As áreas mais vulneráveis às condições extremas são:
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Campos de Cima da Serra (RS): expectativa de mínimas entre 0 °C e 3 °C, com geada nas baixadas.
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Planalto Sul Catarinense: possibilidade de marcas próximas de 0 °C, com geadas localizadas.
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Regiões serranas da Serra Gaúcha e do Paraná: frio intenso e geadas pontuais.
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Sudeste (Serra da Mantiqueira / sul de Minas): possibilidade de geada em baixadas e noites geladas.
Nas capitais, o impacto será mais ameno, mas o frio será sentido especialmente nas madrugadas e primeiras horas do dia.
⛅ Panorama para cidades-referência
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Porto Alegre (RS): mínimas entre 11 °C e 13 °C nas madrugadas, com possibilidade de pontos mais frios na periferia e na região metropolitana.
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Curitiba (PR): a presença de nebulosidade e possibilidade de garoa pode impedir mínimas extremas, mas são esperados valores entre 8 °C e 10 °C em muitas noites.
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São Paulo (SP): o frio começará a ingressar no domingo com chuva; segundas e terças-feiras terão noites frias, com mínimas entre 8 °C e 10 °C, podendo haver geada em pontos da Serra da Mantiqueira.
❗ O que esperar: características e efeitos do frio tardio
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Menor duração — comparado ao inverno, essa massa de ar frio tende a ser mais curta.
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Impacto noturno mais forte — as maiores quedas de temperatura ocorrem à noite e durante as madrugadas.
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Geadas isoladas — mais prováveis em baixadas e locais com céu limpo.
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Ventania e sensação de frio — em regiões abertas e costeiras, o vento pode aumentar a sensação térmica.
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Clima seco e noites limpas — presença de céu limpo favorece perda radiativa e noites mais geladas.
🧊 Por que o frio surge nesta época?
A origem desse episódio está relacionada ao resfriamento mais acentuado no Pacífico Equatorial e à presença de frentes frias que “puxam” o ar polar sobre o interior do continente. Embora não seja fora do padrão climático que massas de ar frio tardias ocorram, sua intensidade geralmente é menor.
No Brasil, a massa polar atlântica (mPa) é uma das principais responsáveis por essas incursões — quando se desloca para regiões mais baixas, promove quedas de temperatura e instabilidades frontais.





















