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Casos de meningite no Rio Grande do Sul levaram o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) a emitir um alerta epidemiológico.
O comunicado foi motivado pelo registro de surtos da doença meningocócica em municípios como Pelotas e Bento Gonçalves, reforçando a necessidade de atenção dos serviços de saúde e da população quanto à prevenção, diagnóstico precoce e vacinação.
Em Pelotas, a confirmação de cinco casos neste ano — três pelo sorogrupo Y e dois pelo C, da bactéria Neisseria meningitidis — já caracteriza surto comunitário.
Nenhuma morte foi registrada na cidade, mas em Canguçu, município da mesma regional, dois casos adicionais resultaram em um óbito, de um homem de 38 anos.
No total, a região soma sete casos em 2025, superando os números de 2023 (dois) e 2024 (cinco).
Em paralelo, Bento Gonçalves também confirmou um surto entre julho e agosto, causado pelo sorogrupo B.
Embora sem relação com Pelotas ou Canguçu, a cidade da Serra soma três ocorrências confirmadas.
Como são definidos os surtos da doença
A classificação de surto comunitário segue critérios técnicos do Ministério da Saúde: três ou mais casos confirmados em até três meses, sem vínculo entre si, na mesma localidade.
A análise é realizada de forma conjunta por município, Estado e governo federal.
Situação epidemiológica no Rio Grande do Sul
Até a semana epidemiológica 37 de 2025, o RS já registrou 57 casos de doença meningocócica, superando todo o ano de 2024, que teve 53.
Em 2025, o RS já soma sete mortes pela doença, número idêntico ao registrado em todo o ano de 2024.
O levantamento mostra ainda que:
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O sorogrupo B representa 43,9% dos casos;
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O sorogrupo Y responde por 21,1%;
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O sorogrupo C, predominante até 2023, caiu para índices menores.
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Os casos já atingiram 14 das 18 Coordenadorias Regionais de Saúde.
Sintomas exigem atendimento imediato
A população deve estar atenta a sinais de meningite, que costumam surgir de forma súbita e exigem procura imediata por atendimento médico.
Entre os sintomas mais comuns estão:
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Febre alta repentina;
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Dor de cabeça intensa;
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Rigidez na nuca;
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Náuseas e vômitos persistentes;
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Sonolência excessiva ou confusão mental;
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Sensibilidade à luz;
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Manchas vermelhas ou roxas na pele que não desaparecem quando pressionadas;
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Convulsões.
Em crianças pequenas, os sinais podem incluir irritabilidade, choro persistente, sonolência acentuada e abaulamento da moleira.
Casos graves podem evoluir rapidamente, com falta de ar, extremidades frias, palidez intensa e queda brusca do estado geral.
Vacinação é a forma mais eficaz de prevenção
A meningite meningocócica pode ser prevenida por meio da vacinação gratuita disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
O calendário prevê:
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3 e 5 meses: Vacina meningocócica C (1ª e 2ª doses);
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12 meses: Vacina meningocócica ACWY (reforço);
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Adolescentes de 11 a 14 anos: Vacina meningocócica ACWY (dose única).
As vacinas protegem contra os principais sorogrupos que circulam no país: A, B, C, W e Y.
O que é meningite meningocócica
A meningite é a inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal, podendo ter origem viral, fúngica, parasitária ou bacteriana.
A forma bacteriana, em especial a causada pela Neisseria meningitidis, é a mais grave.
Além da meningite, a bactéria pode provocar meningococcemia, uma infecção generalizada no sangue.
A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções respiratórias — tosse, espirros ou até mesmo beijos.
O período de incubação varia de dois a dez dias, sendo mais comum entre três e quatro.
A orientação é que a população procure atendimento médico ao menor sinal suspeito e mantenha a caderneta de vacinação atualizada.



















