Mercado de seguros deve representar 6% do PIB brasileiro
A comissão será formada por diretores da Susep e representantes do mercado. Ela buscará, antecipou Vergílio, o aperfeiçoamento dos marcos regulatórios e do ambiente do mercado, além do aprimoramento da gestão e da governança corporativa no setor.
“Temos convicção, pelas projeções feitas nos últimos anos, que o mercado vai ter um crescimento expressivo, chegando a mais de 6% do PIB na metade desta década”, disse Vergílio.
O superintendente da Susep afirmou que o microsseguro, que está sendo desenhado pelo governo para atender às camadas mais carentes da população, foi o grande motivador da criação da comissão especial permanente.
De acordo com ele, a relação entre a Susep – órgão vinculado do Ministério da Fazenda – e o mercado é positiva, o que facilita o desenvolvimento de ações voltadas ao crescimento do mercado. A expectativa é que o microsseguro seja lançado ainda no primeiro semestre.
A Susep, ressaltou Vergílio, vai trabalhar com o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional para concluir logo a legislação que cria o microsseguro e estabelece o marco regulatório das medidas complementares.
A perspectiva é de um crescimento médio do mercado brasileiro de seguros até 20% em 2010. “Nos próximos anos, esse crescimento está bem sustentado”, afirmou o superintendente da Susep.
No ano passado, o mercado apresentou faturamento de R$ 100 bilhões e mais de R$ 230 bilhões de reservas técnicas aplicadas no setor produtivo. “A gente vai dobrar isso nos próximos seis a sete anos, chegando a mais de 6% do PIB, elevando o setor de seguros nacional a patamares que condizem com o próprio tamanho da economia.”
O crescimento registrado no ano passado atingiu 13% em relação a 2008. Vergílio lembrou que 2008 foi um ano muito bom para o mercado de seguros, com expansão de 17% sobre 2007.