Metanol: entenda os sintomas e como se proteger de bebidas adulteradas

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Litoral Norte, Primeiro, Bebidas adulteradas com metanol: IGP-RS ensina como identificar produtos
Foto: Leonardo Ambrosio/Ascom IGP

Metanol

A intoxicação por metanol preocupa autoridades de saúde em todo o país.

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O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta quarta-feira (8) o primeiro caso registrado no Estado, após o consumo de bebida alcoólica adulterada.

O paciente, um homem de 42 anos, residente em Porto Alegre, relatou ter ingerido o destilado em São Paulo, no dia 26 de setembro.

Ele recebeu atendimento médico e já teve alta.

Outros três casos suspeitos seguem em investigação.

O alerta surge após o aumento de registros semelhantes em diferentes estados brasileiros.

Diante da gravidade do quadro e dos riscos de morte associados à substância, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) emitiu orientações preventivas e técnicas voltadas à população e aos profissionais de saúde.

Governo reforça ações de monitoramento e prevenção

O governador Eduardo Leite criou o Comitê Intersecretarial de Monitoramento, que reúne as secretarias da Saúde (SES), Segurança Pública (SSP) e Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O grupo atua de forma integrada para garantir resposta rápida e coordenada aos casos suspeitos.

Além do acompanhamento dos registros, o comitê divulgou uma nota técnica orientando municípios e instituições sobre como proceder diante de suspeitas de bebidas adulteradas e possíveis intoxicações por metanol.

Sintomas da intoxicação por metanol: atenção pode salvar vidas

Os sintomas de intoxicação por metanol podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão, sendo frequentemente confundidos com os de uma ressaca comum.

A SES orienta que qualquer pessoa que apresente sinais após o consumo de bebidas alcoólicas procure imediatamente atendimento médico.

Principais sintomas incluem:

  • Dor abdominal intensa;

  • Visão turva ou embaçada;

  • Náusea e vômito;

  • Confusão mental;

  • Sensação prolongada de embriaguez por mais de 6 horas.

A manutenção dos sintomas de embriaguez por 6 a 72 horas após o início das manifestações é considerada um forte indicativo de intoxicação por metanol.

O que informar ao chegar ao hospital

Durante o atendimento médico, é essencial relatar o consumo de bebida alcoólica e fornecer detalhes que auxiliem na investigação e no diagnóstico. As informações mais importantes incluem:

  • O tipo de bebida ingerida;

  • O local e o contexto do consumo (bar, festa, evento etc.);

  • A presença ou não de rótulo e selo de controle;

  • O horário aproximado da ingestão.

Esses dados ajudam os profissionais a identificar rapidamente a intoxicação e iniciar o tratamento adequado, que pode ser decisivo para salvar vidas.

O que fazer em casos suspeitos: CIT orienta 24 horas por dia

A Secretaria Estadual da Saúde reforça que qualquer suspeita deve ser comunicada ao Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul, disponível 24 horas pelo telefone 0800-721-3000.

O CIT oferece orientação médica imediata e suporte técnico aos profissionais de saúde, auxiliando na confirmação dos casos e no manejo clínico.

O metanol é uma substância altamente tóxica, utilizada em produtos químicos e solventes industriais, e pode causar danos graves ao fígado, cérebro e nervo óptico, com risco de cegueira, coma ou morte.

Como identificar bebidas adulteradas

A SES alerta que bebidas adulteradas com metanol podem ser difíceis de reconhecer, mas alguns sinais ajudam a identificar fraudes:

  • Tampa e lacre: não compre produtos com lacres violados, amassados ou sem selo fiscal (IPI).

  • Cor e aparência: desconfie de líquidos turvos, com resíduos ou níveis irregulares na garrafa.

  • Rótulo: evite produtos com erros de ortografia, impressões borradas ou sem informações em português.

  • Preço: valores muito abaixo do mercado são sinal de alerta.

  • Local de compra: prefira estabelecimentos fiscalizados e sempre exija a nota fiscal.

Descarte correto de embalagens ajuda a combater o mercado ilegal

O descarte consciente das embalagens também é uma forma de prevenir a reutilização irregular de garrafas por falsificadores.
A orientação é:

  • Separar a tampa e o lacre (plástico ou metal) antes do descarte;

  • Rasgar ou remover o rótulo;

  • Destinar as garrafas a pontos de coleta e reciclagem credenciados.

Essas medidas simples dificultam o reuso de embalagens por criminosos e contribuem para reduzir o comércio clandestino de bebidas adulteradas.

Autoridades reforçam: prevenção é a melhor proteção

O governo do Rio Grande do Sul reforça que a melhor forma de prevenção é a compra responsável e a informação.

Evitar produtos de procedência duvidosa e denunciar estabelecimentos suspeitos são atitudes fundamentais para proteger a saúde pública.

Em caso de dúvida, qualquer cidadão pode buscar informações e orientações junto ao Centro de Informação Toxicológica (CIT) ou às secretarias municipais de saúde.

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Jornalista com formação pela UNISINOS (2010) e fundador do Litoralmania, o portal de notícias mais antigo em atividade no interior do RS. Atua desde 2002 na gestão completa do veículo, com ampla experiência em jornalismo digital, produção de conteúdo, projetos e relacionamento com o público.

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